Na noite passada, fez-se história no Médio Oriente e no mundo. O rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, aprovou um diploma que autoriza as mulheres do país a conduzir em qualquer lugar, a partir do verão do próximo ano.
O decreto emitido pelo rei saudita vai entrar em vigor a 24 de julho de 2018 e permite que as mulheres possam ter cartas de condução, de acordo com a informação avançada pela agência noticiosa da Arábia Saudita, SPA, citada pela BBC.
Segundo os mesmos meios de comunicação internacional, no prazo de 30 dias, será criada uma entidade governamental destinada a dar conselhos sobre a nova medida do monarca saudita. Por exemplo, as autoridades policiais e os instrutores de condução locais vão ter de ter formações específicas para poder interagir com as motoristas, uma vez que não estão habituados.
O embaixador saudita em Washington, o Príncipe Khaled bin Salman, confirmou que as mulheres não terão que obter permissão masculina para ter aulas de condução e vão ser livres de conduzirem em que lugares quiserem.
Na sequência da decisão, que surgiu dias depois que as mulheres poderem ir pela primeira vez a um estádio assistir às celebrações nacionais, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, louvou a decisão da Arábia Saudita de autorizar as mulheres a guiar no reino ultraconservador, a partir do próximo verão.
“Felicito a decisão da Arábia Saudita de pôr fim à proibição de as mulheres conduzirem. Um passo importante na direção certa”, escreveu o antigo primeiro-ministro português, na rede social Twitter.
I welcome Saudi Arabia's decision to lift the ban on women drivers. An important step in the right direction.
— António Guterres (@antonioguterres) September 27, 2017
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