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Mulheres e jovens acusam maiores níveis de stress devido ao teletrabalho

O estudo da Universidade de Lisboa revela que 75% dos inquiridos reporta um aumento nos níveis de stress em resultado da pandemia. Entre as mulheres, este valor sobe para os 78%, enquanto nos homens cai para 61%. Jovens, entre os 18 e os 24 anos, revelam aumento nos níveis de ansiedade.
18 Junho 2021, 10h56

Além da pandemia, também o teletrabalho foi um fator determinante para influenciar o nível de stress dos trabalhadores. Na verdade, 64% afirma que trabalhar a partir de casa resulta num maior aumento de stress, enquanto que 50% afirma que o mesmo só se verifica se estiver no local de trabalho.

De acordo com os resultados de um inquérito realizado por alunos da Nova Information Management School (NOVA IMS), da Universidade Nova de Lisboa, divulgados esta sexta-feira, foi possível concluir que o impacto da pandemia no bem-estar dos portugueses foi principalmente sentido entre as mulheres e pelos jovens, entre os 18 e os 24 anos.

O estudo revela que 75% dos inquiridos reporta um aumento nos níveis de stress em resultado da pandemia. Entre as mulheres, este valor sobe para os 78%, enquanto nos homens cai para 61%. Outra diferença entre homens e mulheres reside nos momentos em que a ansiedade mais se faz sentir: Enquanto para a maioria das mulheres os níveis de stress sobem, principalmente, durante o trabalho (56%), para os homens os momentos de maior stress são durante os momentos de descanso e com a família (53%).

Já ao longo da vida, é nos jovens que a pandemia mais parece ter deixado marcas: 90% dos jovens entre os 18 e os 24 anos revelam um aumento nos níveis de ansiedade, seguidos pela faixa etária entre 25 e os 34 anos de idade. O maior impacto nos níveis de stress volta a ser sentido a partir dos 55 anos. São também os jovens quem mais assume já ter sentido a necessidade de pedir apoio.

É igualmente entre as mulheres que a necessidade de pedir ajuda em relação ao bem-estar e saúde mental é mais prevalente, 52%, o que compara com 25% dos homens. O mesmo acontece em relação aos trabalhadores que se encontram em teletrabalho, com 62% a assumirem esta necessidade, enquanto entre os trabalhadores que se encontram em funções nos seus locais de trabalho tradicionais o valor cai para os 42%.

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