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Musk quer fim do teletrabalho na Tesla

“Quem deseja permanecer em teletrabalho deve estar no escritório por um mínimo (e é mesmo *mínimo*) de 40 horas semanais ou deixar a Tesla”, disse o empreendedor bilionário num email intitulado “Teletrabalho já não é aceitável”.
1 Junho 2022, 14h02

O teletrabalho na Tesla já não é aceite, sob pena de despedimento, anunciou o CEO da empresa, Elon Musk, num email que acabou por surgir na internet, divulgado pelo acionista Sam Nissim.

“Quem deseja permanecer em teletrabalho deve estar no escritório por um mínimo (e é mesmo *mínimo*) de 40 horas semanais ou deixar a Tesla”, disse o empreendedor bilionário num email intitulado “Teletrabalho já não é aceitável”.

Quanto ao “mínimo” de 40 horas, o empresário acrescentou que “é menos do que pedimos dos trabalhadores das fábricas”, numa possível referência aos funcionários chineses da Tesla que constroem carros em turnos de 12 horas, chegando a dormir no chão da fábrica durante uma quarentena devido à pandemia por Covid-19. Apenas em casos excecionais poderá o CEO da empresa revogar a decisão.

 

Musk escreveu ainda que não é valido marcar presença em qualquer escritório da Tesla, tem que ser o escritório correspondente às funções específicas do colaborador.

O email não mencionou um prazo específico para aplicar esta nova regra.

A empresa tecnológica depende largamente de programas de software e desenvolvimento de inteligência artificial através do uso do computador, daí estes funcionários indagarem se faz ou não sentido regressar ao trabalho presencial.

Os defensores do teletrabalho (WFH – Working from Home, na designação inglesa) defendem que este regime de trabalho melhora a qualidade de vida dos profissionais. Por outro lado, existem preocupações com o agravamento de desigualdades sociais entre trabalhadores ‘white collar‘ e ‘blue collar‘, isto é, entre trabalhadores de escritório e trabalhadores que recorrem a trabalho manual (fábricas, por exemplo).

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