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“Não estamos longe” do fim das subidas das taxas de juro, garante membro do BCE

Fabio Panetta considera que o debate dentro do BCE deixará de ser “até quando” e passará a ser “durante quanto tempo” se irão manter elevadas as taxas de juro.
4 Junho 2023, 10h10

A garantia é dada por Fabio Panetta, membro do Comité Executivo e do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), em entrevista ao “Le Monde” na passada sexta-feira. Para este economista italiano, é fundamental que se assinale o teto referente à taxa terminal das taxas de juro, apesar de Favio Panetta não se atrever a indicar, tal como os seus colegas do BCE, qual é o limite para este incremento que tem vindo a ser constante desde julho de 2022 para atenuar a elevada inflação na zona euro.

Fabio Panetta é considerado um dos membros do BCE que preferem uma política monetária expansiva e que estimule a economia.

No entanto, este economista italiano está confiante o suficiente para assegurar que o final da subida das taxas de juro, e consequente encarecimento do dinheiro, não está longe. “Não creio que seja o momento de nos apressarmos a subir as taxas, dado o considerável percurso que fizemos. A minha intuição sugere que ainda não chegámos ao final de ciclo de subidas das taxas, ainda que não estejamos longe disso”, realçou.

De acordo com as declarações proferidas ao jornal francês de referência, Fabio Panetta considera que o debate dentro do BCE deixará de ser “até quando” e passará a ser “durante quanto tempo” se irão manter elevadas as taxas de juro. “Existe uma margem substancial para lutar contra a inflação mantendo as taxas altas durante o tempo que seja necessário. Devemos ser resolutos mas prudentes com o objetivo de reduzir a inflação sem prejudicar desnecessariamente a atividade económica”, realçou Fabio Panetta.

O BCE subiu as taxas de juro em 375 puntos entre julho de 2022 o mês passado. O Conselho do BCE volta a reunir este mês, no dia 15, para tomar uma nova decisão sobre o preço do dinheiro e a própria instituição antecipou que irá voltar a subir as taxas, ainda que não tenha indicado en que magnitude. A última subida foi de 25 pontos base, a mais suave desde que começou a endurecer a política monetária no verão passado.

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