[weglot_switcher]

“Não tenho porta-vozes”. Marcelo garante que se mantém atento (com áudio)

O Presidente da República garante que está atento e que tudo o que disse há quinze dias, a propósito da crise política, mantém-se. “Quando tiver que falar irei falar”, realçou.
  • Rodrigo Antunes/Lusa
19 Maio 2023, 14h14

Marcelo Rebelo de Sousa disse esta sexta-feira aos jornalistas que se mantém tudo o que disse há quinze dias a propósito da crise política, ou seja, que está atento ao desenvolvimento dos casos que envolvem este Governo, nomeadamente os desenvolvimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da TAP.

Depois de ter cancelado as declarações à imprensa, o Presidente da República dirigiu-se mesmo aos jornalistas para prestar breves declarações que parecem indicar, por um lado, para notícias veiculadas esta sexta-feira a propósito do posicionamento de Belém face às polémicas do Governo e também sobre os desenvolvimentos desta semana referentes à CPI à gestão da TAP.

“Tudo o que disse há quinze mantém-se, exatamente nos termos que o disse. Não tenho porta-vozes. Não fiz mais nenhuma declaração à comunicação social sobre um processo que acompanho tanto na parte económica como na parte política. Os portugueses devem saber que estou a acompanhar o que se passa”, realçou o Presidente da República.
Após uma semana de audições importantes para perceber os contornos dos acontecimentos que levaram à exoneração do ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba, no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da TAP, o jornal “Expresso” adianta na edição desta semana que Marcelo Rebelo de Sousa já não faz intenção de segurar António Costa caso João Galamba deixe o Governo.

Sobre este tema, o semanário cita uma fonte próxima ao processo para referir que “a falta de alternativa política ao Governo deixou de ser prioridade” nos cálculos do Presidente e que Marcelo está avaliar a dimensão do “pântano” para perceber como fica o “prestígio das instituições” depois das audições desta semana.

Depois de conhecidos novos contornos relativos ao episódio que marcou a exoneração de Frederico Pinheiro do cargo de adjunto do ministro (recorde-se que João Galamba envolveu ontem o gabinete do primeiro-ministro e o ministro da Administração Interna no rol de figuras contactadas na noite de 26 de abril), Belém vai estar atenta aos próximos dias para perceber até que ponto irá João Galamba resistir. E caso o ministro acabe por sair, Marcelo estará também disposto a avaliar a possibilidade de avançar com eleições antecipadas.

 

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.