O ministro das Finanças, Mário Centeno, diz que o Governo ainda não tem “um número” sobre a dimensão do apoio à TAP, da qual realçou a importância estratégica que representa para o país, mas não admite a necessidade de nacionalização.
“Não agir é quase tão errado como agir de forma despropositada”, frisou Mário Centeno, em entrevista à TSF, esta terça-feira. “No caso da TAP, empresa com importância estratégica, devemos sempre dar a maior atenção a essas situação”, acrescentou, realçando que “a TAP há muitas décadas não recebe dinheiro público”.
Explicou que o Governo já iniciou reuniões com a Comissão Executiva da TAP “para perceber a dimensão do problema”, mas que “não temos um número, nem uma sequência de números e precisamos de saber quando é que estes montantes são necessários”.
“O acionista privado tem colocado vários números, que variam ao longo do tempo e não facilmente atendível para quem não tem acesso a mais informação”, acrescentou.
Considerou que “todos compreendemos que este não é o momento para fazer alterações estratégicas para um setor que não sabemos” como irá evoluir, antecipando que “nas próximas semanas, que tudo isto se tornaria mais claro”.
Questionado sobre a necessidade de nacionalização de alguma empresa devido às dificuldades provocadas pela crise do novo coronavírus, admitiu que “não nos deve afastar de princípios basilares”, ainda que “em situações concretas [é possível] fazer o que há uns meses achávamos impensável”.
“Não vejo neste momento nenhuma empresa que tenha a necessidade imperiosa de ser nacionalizada”, afirmou.
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