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Netflix: Óscares ameaçam trocar salas de cinema pelas salas de estar

A 92.ª cerimónia de entrega dos Óscares da Academia de Hollywood poderá representar o triunfo do “streaming” sobre o cinema tal como existiu até agora. A Netflix lidera no número de nomeações, graças a “The Irishman”, “Marriage Story” e “The Two Popes”, e na madrugada de segunda-feira ficar-se-á a saber se filmes como “Joker” e “1917” resistem à “novíssima” Hollywood.
9 Fevereiro 2020, 12h00

Há 70 anos que os cinéfilos conhecem a frase “continuo a ser grande, os filmes é que ficaram mais pequenos”, proferida por Norma Desmond, a decadente estrela do cinema mudo interpretada por Gloria Swanson (ela própria relegada ao esquecimento com o advento do sonoro), em “Sunset Boulevard – O Crepúsculo dos Deuses”. Mas dificilmente essa linha de diálogo terá algum dia feito tanto sentido quanto fará na entrega dos Óscares da Academia de Hollywood, que decorre em Los Angeles neste domingo, 9 de fevereiro, quando for madrugada de segunda-feira em Portugal.

O filme de Billy Wilder mostrava como a “nova” Hollywood era implacável com a “velha”, na qual o close-up do rosto de uma diva valia mais do que as palavras do guião, e a 92.ª cerimónia dos Óscares antecipa como a “novíssima” Hollywood promete ser ainda mais dura com a que já deixou de ser ”nova”. Alguns filmes ficaram pequenos ao ponto de serem vistos no ecrã de um smartphone, tablet ou computador portátil, e a tendência manifesta-se no facto de o estúdio com maior número de nomeações ser a Netflix.

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