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Novas regras do PSI vão ditar saída de “duas ou três empresas” do índice, diz Isabel Ucha

As novas regras para o principal índice da bolsa de Lisboa vão entrar em vigor em março. De acordo com a presidente da Euronext Lisbon, há “duas ou três empresas” que deverão ficar de fora do índice.
  • Isabel Ucha, presidente Euronext
20 Janeiro 2022, 16h02

As novas regras que vão entrar em vigor em março para o principal índice da bolsa de Lisboa – que vai passar de PSI-20 para PSI – vão deixar algumas cotadas de fora. De acordo com a presidente da Euronext Lisbon, Isabel Ucha, “duas ou três empresas” poderão ter de sair, naquela que é uma tentativa de tornar o índice mais atrativo para os investidores.

“Os ajustamentos à metodologia do índice PSI irão incluir a determinação do tamanho mínimo das empresas que podem entrar no índice no momento de cada revisão trimestral e anual (capitalização de mercado de 100 milhões de euros em free float) e a remoção de requisitos para o mínimo de constituintes”, explicava a Euronext, a empresa que gere bolsas europeias como a portuguesa, no verão passado.

Perante isto, “verificámos atualmente que poderá haver duas ou três empresas que possam não cumprir o mínimo de 100 milhões de euros”, afirmou Isabel Ucha numa conferência de imprensa online sobre o balanço de 2021 e perspetivas da atividade da gestora da bolsa para este ano, notando que ainda faltam alguns meses e que é preciso ver na altura qual será a capitalização das empresas.

O índice também vai deixar cair o número (PSI-20) e passar a chamar-se apenas PSI a partir de março, quando for realizada a revisão anual. Há muito que não havia 20 cotadas, mas apenas 18, o mínimo permitido nas regras do índice.

De acordo com a responsável, esta alteração das regras era necessária para manter o índice atrativo. “Um índice que não serve os investidores obviamente que não serve as empresas”, realçou, notando que “de nada adianta manter um índice com empresas muito pequenas, muito pouco líquidas, que tornam o índice difícil de investir, de transacionar, de fazer cobertura, cobertura de risco, emitir derivados”.

Isto numa altura em que também já estavam a “observar que havia produtos indexados ao índice que estavam a desaparecer”.

Foi com isto em mente que iniciaram uma consulta pública junto dos investidores e concluíram: “se queremos manter um índice forte temos de tomar uma decisão”, afirmou Isabel Ucha, revelando ainda durante a apresentação o objetivo de lançar novos produtos, nomeadamente opções sobre empresas portuguesas.

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