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Novas tecnologias deverão aumentar gastos dos millennials e geração Z mas lojas físicas não vão desaparecer

Novo estudo da Google com a Bain & Company perspectiva como poderá ser a evolução do poder de compra dos millennials e geração Z e através de que meios serão efetuados os gastos. Uma conclusão interessante: estas gerações não vão prescindir das lojas físicas.
14 Abril 2023, 13h36

“Millennials” e geração Z: estas duas gerações, que vão dos onze aos 42 anos, são as que estão mais ligadas aos avanços tecnológicos e que deverão conquistar mais poder de compra no retalho nos próximos anos, de acordo com um novo estudo da Bain & Company e da Google

Ao contrário do que se acredita ser uma tendência para o futuro, o estudo, designado de “Four ways younger shoppers will (and won’t) change retail”, perspectiva que as lojas físicas vão continuar a ser cruciais para estas duas gerações.

“As restrições devido à pandemia permitiram vislumbrar como seriam as compras totalmente digitais. Desde que os consumidores recuperaram a liberdade de escolher onde compram, ficou claro que queriam continuar a comprar em lojas físicas”, lê-se.

Ora, em 12 categorias, os millennials e geração Z gastaram 38% em lojas físicas nos últimos seis meses. A geração X (1965-1980) declaram 43% das compras a lojas físicas enquanto os boomers (1945-1964) preferem as lojas físicas (53% dos gastos).

“A adoção de tecnologia na experiência de compra e venda em loja será essencial para garantir uma experiência omnicanal fluída”, indica o estudo. Por exemplo, uma loja do grupo Inditex abriu no Colombo um provador que recorre à realidade aumentada, em que os produtos são ‘colocados’ no corpo através da câmara do smartphone.

Esta é uma tendência que chega dos Estados Unidos, sendo que o estudo nota que 41% dos consumidores já utilizam os seus dispositivos para ver como ficam as roupas e acessórios sem nunca os experimentarem no corpo (virtual try-on) ou para ver como artigos de mobiliário ficam no seu ambiente real (virtual try-out), utilizando ainda os livestreams ou o comércio através das redes sociais.

“A compra de produtos virtuais ou em mundos virtuais também oferece um potencial a longo prazo, já que os mais jovens estão muito familiarizados com estes novos ambientes”. A título de exemplo, o estudo denota que os nativos digitais (menos de 13 anos) jogam um jogo imersivo onde compram produtos digitais.

“Os millennials e a geração Z podem ter conservado muito do apego às lojas físicas que era característico das gerações anteriores, mas isso não significa que cheguem a uma decisão de compra da mesma forma”, indica. As duas gerações em análise são “duas vezes mais propensos do que as gerações mais velhas a considerar os vídeos online como atividade de compras mais influente”, sendo também mais propensos a utilizar o Google Search.

Mas se os consumidores vão visitar mais as lojas, é preciso indicar que também estão mais conscientes para a sustentabilidade, uma vez que vão conquistando mais poder económico.

“Quase metade dos millennials e da geração Z entrevistados afirmaram que pagariam mais por produtos respeitadores do ambiente, face aos 39% da geração x e apenas 29% dos boomers e dos consumidores com mais idade”, sustenta.

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