[weglot_switcher]

Novo Banco: António Ramalho quer comissão executiva com sete elementos

António Ramalho propõe ao BCE novos estatutos para o Novo Banco e já foram fixados os perfis que completarão seletivamente a Comissão Executiva e aguarda-se a definição dos administradores independentes.
21 Setembro 2016, 13h26

O CEO do Novo Banco (NB) quer alterar os estatutos e escolher um modelo de governance que terá uma equipa de administração não executiva e uma comissão executiva, esta composta por sete elementos, soube o Jornal Económico.

Na carta que o novo presidente do Novo Banco, António Ramalho, escreveu aos colaboradores são elencadas algumas das soluções que a equipe de gestão está a implementar no banco de transição.

Uma delas, e no âmbito de uma solução global que passa por uma definição da estrutura accionista que permita ao Banco sair do estatuto de banco de transição (o que traz algumas condicionantes), é a adopção de um modelo de governance “ajustado às novas exigências regulatórias”, que passa pela “convergência das exigências de capital com os outros bancos nacionais e ibéricos”. Nesse sentido “já foram apresentados novos estatutos ao BCE, e já foram fixados os perfis que completarão selectivamente a Comissão Executiva e aguarda-se a definição dos administradores independentes”, refere a carta de António Ramalho.

Ao fim de um mês de assumir o cargo deixado por Eduardo Stock da Cunha, António Ramalho diz que uma das três prioridades que enumera, “assenta numa nova responsabilidade na gestão do capital que envolve o Management na resolução do problema accionista que ainda nos afecta. Nesse sentido, continuamos a apoiar intensamente o Fundo de Resolução na venda directa, estamos em vias de terminar os trabalhos essenciais à preparação de um eventual IPO para Institucionais e criámos uma equipe designada CPO-Capital Project Office para desenvolver e apresentar várias soluções de capital, alternativas e complementares ao processo em curso”, refere a carta que o Jornal Económico teve acesso.

Segundo fontes, o CEO do Novo Banco pretende dizer que está a apoiar o Fundo de Resolução a encontrar uma solução de capital, tendo mesmo criado uma “equipa para gerir o capital”. Mas na prática parece surgir das palavras do CEO aos colaboradores a possibilidade de um modelo accionista semelhante ao dos CTT, em que os maiores accionistas são investidores institucionais.

No entanto, fonte ligada ao Novo Banco esclarece que António Ramalho se limitou a escrever aos colaboradores dizendo que a “venda estava a correr bem e que podia passar por um IPO”.

As outras duas prioridades de Ramalho para o Novo Banco, segundo a carta, são: “estudo de uma solução comercial para o futuro, que terá, na digitalização e na relação de proximidade aos clientes, os seus maiores desafios. Menos visível já existe uma equipe a trabalhar alguns temas específicos para assegurar o arranque rápido desta iniciativa”, que o CEO apelida de mais lenta mas mais importante no longo prazo.

“A terceira consiste na definição de um modelo de governação ajustado às novas exigências regulatórias, assegurando a convergência das exigências de capital com os outros bancos nacionais e ibéricos e o aumento da nossa reputação bancária essencial à nossa actividade comercial. Nesse sentido já foram apresentados novos estatutos ao BCE, já foram fixados os perfis que completarão seletivamente a Comissão Executiva e aguarda-se a definição dos administradores independentes”.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.