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Novo Banco já disponibilizou 14.800 documentos à Comissão Parlamentar de Inquérito

O Novo Banco, até ao momento, já disponibilizou 14.800 documentos que ao todos somam mais de 700 mil páginas. “Isto permitiu responder já a 37 perguntas agregadas (de um total de 42 perguntas) correspondendo a 88% das perguntas totais realizadas”, disse ao Jornal Económico o Novo Banco.
  • Cristina Bernardo
1 Fevereiro 2021, 16h25

O Novo Banco, até ao momento, já disponibilizou 14.800 documentos na sua versão original não truncada à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Ao todo estes documentos correspondem a mais de 700 mil páginas.

“Isto permitiu responder já a 37 perguntas agregadas (de um total de 42 perguntas) correspondendo a 88% das perguntas totais realizadas”, disse ao Jornal Económico o Novo Banco.

O Novo Banco disponibilizou logo no início da semana passada uma plataforma especial “um VDR – Virtual Data Room” no qual coloca toda a informação que pode posteriormente ser retirada ou selecionada para ser colocada no sistema da Assembleia da República.

O banco liderado por António Ramalho, conforme anunciou anteriormente, “mantém uma equipe disponível para prestar toda a informação a fim de garantir ao Parlamento a total transparência que lhes permita avaliar a qualidade das suas decisões na gestão do Banco e do contrato bem como na limpeza do legado”.

O volume de documentação pedida pela CPI é vasto, e inclui todos os contratos inerentes à venda do Novo Banco à Lone Star e os contratos de gestão do banco com o Fundo de Resolução.

O Novo Banco destacou uma equipa especial de mais de 40 colaboradores, liderada pelo presidente executivo, António Ramalho, para responder “ao fluxo de documentação” solicitada pela comissão parlamentar de inquérito.

“O Novo Banco criou uma equipa especial para poder responder com a máxima rapidez a todas as solicitações dos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou quaisquer outras que surjam nos próximos meses”, informou o banco, em comunicado na altura.

Este projeto recebeu o nome de “31 de março” e surgiu com o objetivo de assegurar a entrega atempada de todos os pedidos, evitando “qualquer atraso à data de 31 de Março, e assim permitir o cumprimento dos contratos e compromissos internacionais para a capitalização do banco”. Uma operação que o banco estima que lhe vai custar 3,25 milhões de euros.

A equipa especial conta com a participação dos administradores executivos Mark Bourke, Rui Fontes e Luísa Soares da Silva, envolvendo também responsáveis de diferentes áreas de 12 departamentos.

O prazo de funcionamento da comissão de inquérito esteve suspenso nos últimos 15 dias até esta sexta-feira, por causa do confinamento, mas os trabalhos vão regressar já esta terça-feira, com uma reunião da mesa com os coordenadores dos vários partidos para fazer um ponto de situação da documentação já recebida e programar as audições.

Fernando Negrão disse ao jornal online “Eco”, na passada sexta-feira, que que “já teremos à volta de 50% dos documentos pedidos”, o que contrasta com o Novo Banco que já deu quase 90% da informação pedida.

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