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Novobanco confirma Mark Bourke como novo CEO

O Novobanco anunciou que enviou para o supervisor o nome de Mark Bourke para CEO, tal como o Jornal Económico avançou em primeira mão, bem como o resto do Conselho de Administração Executivo para novo mandato. O CGS aprovou também Leigh Bartlett como o próximo CFO.
5 Maio 2022, 07h56

O Novobanco anunciou Mark Bourke para CEO, tal como o Jornal Económico avançou em primeira mão e informa sobre composição do Conselho de Administração Executivo para novo mandato.

O CGS aprovou também Leigh Bartlett como o próximo CFO (administrador financeiro) do Novobanco.

O Conselho Geral e de Supervisão diz que decidiu no dia 3 de maio de 2022 submeter a documentação relativa ao processo Fit & Proper dos membros do Conselho de Administração Executivo do Novobanco para um novo mandato de 2022 a 2025.

“A submissão do Fit & Proper foi discutida, revista e aprovada pelo CGS e a informação relevante foi submetida ao Banco de Portugal e ao Banco Central Europeu para aprovação”, revela o banco em comunicado.

Byron Haynes, Presidente do CGS, comentou em comunicado que “acredita que, sob a liderança de Mark Bourke, esta é a equipa de gestão do CAE que irá executar, com sucesso, a próxima fase de desenvolvimento do Novobanco competindo como um banco sólido e independente, dedicado ao segmento de empresas e retalho e continuando a crescer e a cumprir as suas metas e objetivos de acordo com o plano a médio prazo”.

O CGS concluiu que a estrutura da Comissão Executiva e respetivas funções e responsabilidades seriam reforçadas com a criação de um novo cargo executivo de Chief Credit Officer (CCO) aumentando assim o número de membros do CAE de seis para sete.

“O Conselho Geral e de Supervisão concluiu igualmente que, por existirem dois novos membros do CAE e pelo facto de as funções e responsabilidades de dois atuais membros mudarem substancialmente, deveria existir um novo mandato de quatro anos”, lê-se no comunicado.

A nova composição do CAE do Novobanco, sujeito a aprovação regulatória, será composta por  Mark Bourke atual CFO e futuro Chief Executive Officer.

”O CGS aprovou Mark Bourke como sendo o próximo CEO do Novobanco” pois o “CGS considerou Mark Bourke como o candidato ideal com mais de 20 anos de experiência como administrador executivo (em funções de CEO e de CFO) em instituições financeiras reguladas; experiência e conhecimento significativo do mercado e sistema bancário português, adquiridos como CFO nos últimos três anos do Novobanco; e as competências e experiência necessárias para liderar o Novobanco nesta próxima fase de desenvolvimento”, explicou.

Antes de se juntar ao Novobanco, Mark Bourke foi CFO do Allied Irish Banks e membro da Equipa de Liderança do AIB, de 2014 a 2019. Começou a sua carreira na PwC em 1989 e em 2000 juntou-se ao IFS Group como Administrador Financeiro, sendo promovido a CEO do grupo em 2006.

“O CGS salienta igualmente que a nomeação de um candidato interno assegura continuidade e estabilidade, bem como o alinhamento com o plano estratégico de médio prazo recentemente aprovado”, lê-se na nota.

Leigh Bartlett está proposto para Chief Financial Officer (CFO).

Leigh Bartlett é CEO do Masthaven Bank desde 2020, depois de desempenhar funções como CFO do banco entre 2019 e 2020. Foi previamente CFO do RBS UK Retail e do RBS Insurance entre 2008 e 2011, CFO do Westpac Banking Corporation entre 2011 e 2015 e CFO da Williams & Glyn (RBS Group) entre 2015 e 2017. Foi também CFO do FNZ Group depois de 2017.

“Depois de um processo de pesquisa robusto, o CGS concluiu que Leigh Bartlett é o candidato que melhor preenche os critérios exigidos e salienta o facto de o Novobanco ter conseguido atrair e contratar um CFO de elevado renome, com o seu conhecimento, perícia e experiência de mais de 15 anos na indústria de serviços financeiros, demonstrando o progresso significativo que o novobanco tem efetuado nos últimos anos” justifica a instituição.

Luís Ribeiro será o Chief Commercial Officer Retail (CCOR). “Mantém as funções e responsabilidades como CCOR. Foi nomeado e aprovado como membro do CAE do Novobanco e CCOR em setembro de 2018.

Luís Ribeiro tem mais de 25 anos de experiência na área comercial do banco, em particular no segmento de retalho, tendo assumido a liderança do departamento de médias empresas e PMEs (Sul) de 2015 a 2018. Desempenha, desde 2018, funções de Chief Commercial Officer Retail do banco.

“Ao longo da sua carreira, Luís Ribeiro tem tido a oportunidade de participar em vários projetos estratégicos, inovadores e de reestruturação, endereçando novas abordagens segmentação de clientes, conceitos de balcões inovadores, novos modelos comerciais, integração de negócios adquiridos, entre outros”, lê-se no comunicado.

O banco diz que Luís Ribeiro tem uma experiência de gestão de topo desenvolvida após vários anos em funções seniores de gestão, liderando grandes equipas.

“Com o novo mandato do CAE, Luís Ribeiro continuará a desenvolver e a aumentar, com sucesso, o franchise de retalho e pequenos negócios do novobanco através da distribuição omnicanal, cujas agências o banco tem vindo a renovar, redesenhando a experiência de serviço presencial e, ao mesmo tempo, implementando a transformação digital das customer journeys e das funções de back-office”, refere o banco.

Andrés Baltar, atual  Chief Commercial Officer Corporate, mantém as funções e responsabilidades. Foi nomeado e aprovado como membro do CAE do Novobanco em dezembro de 2020.

“Andrés Baltar tem um conhecimento profundo da banca de empresas, com mais de 20 anos de experiência no Barclays Bank e Novobanco. Durante este período, trabalhou em diferentes projetos em Portugal e antes de integrar o novobanco foi Head of Corporate Banking do Barclays Europe. Nesta função, foi membro do Comité Executivo do Barclays Europe, tendo participado em diferentes comités como Risco e Controlo, Ativos e Passivos, Crédito e Capital”, diz a instituição.

“Com o novo mandato do CAE, Andrés Baltar prepara-se para continuar a desenvolver e incrementar com sucesso o franchise de empresas e PMEs do Novobanco, que atualmente detém uma posição de liderança no sector empresarial português. Estabelecerá um departamento de Credit Underwriting, destacando a importância crescente de uma capacidade, função e responsabilidade já existente, e refletindo o aumento da atividade empresarial”, segundo o banco.

O banco mantém na administração executiva Luísa Soares da Silva, como Chief Legal Compliance Officer.

“Luísa Soares da Silva mantém as funções e responsabilidades como CLCO, tendo sido nomeada e aprovada, pela primeira vez, como membro do CAE do novobanco na função de CLCO em abril de 2017. Antes de integrar a equipa do Novobanco, Tinha mais de 25 anos de experiência profissional, como advogada e sócia, na Sociedade de Advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, uma das principais sociedades de advogados em Portugal. As áreas de especialização incluem a assistência jurídica a instituições financeiras e seguradoras nos mais diversos aspetos das respetivas atividades empresariais, incluindo atividade bancária e regulamentar (Portuguesa e Europeia), compliance, corporativo, governação e reestruturações operacionais, fusões e aquisições”, descreve o banco.

Carlos Brandão é o Chief Risk Officer.  O CGS aprovou Carlos Brandão como o próximo CRO do banco.

“Carlos Brandão é, desde julho de 2017, o Responsável de Risco do banco, reportando ao atual CRO, tendo sido identificado, nos processos internos do plano de sucessão realizados nos últimos anos, como um talento-chave e o sucessor do atual CRO. Antes de integrar a equipa do Novobanco, Carlos Brandão desempenhou funções de Risk Director no Banco Santander Totta, assim como CRO e CEO do Barclays Bank em Portugal”, lê-se no comunicado.

Carlos Brandão irá assumir as atuais funções e responsabilidades do CRO, “incluindo Head of Global Risk, modelos de rating compreendendo taxonomia ESG, Model Validation Office e Cyber Security Office”.

“O CGS considera que Carlos Brandão possui as competências e capacidades necessárias para ser promovido para o CAE como o próximo CRO”, garante o banco.

Rui Fontes é o Chief Credit Officer (CCO). “O CGS aprovou Rui Fontes como CCO, um novo cargo na administração executiva do
Novobanco.

”Rui Fontes será responsável pelas matérias relacionadas com o crédito (nomeadamente grandes empresas e PMEs), incluindo a recuperação. Esta nova função de crédito será responsável pelo cumprimento das novas regulamentações e normas de crédito estabelecidas pelo BCE/EBA”, avança o banco.

O Novobanco diz que os atuais departamentos de Recuperação de Crédito Empresas, Recuperação de Crédito Retalho e Crédito, que reportam atualmente ao CEO, serão transferidas para o CCO. “Adicionalmente, o Business Monitoring (Workout) que reporta ao CCOC será transferido para o CCO, assegurando que as competências de restruturação ficam concentradas sob a responsabilidade de apenas um membro do CAE”, adianta.

”Rui Fontes tem um profundo conhecimento institucional do novobanco, do mercado português e em particular dos clientes empresa e PMEs, exercendo funções executivas de CRO desde 2017”, diz o Novobanco.

O banco divulgou este comunicado hoje de manhã na sequência das perguntas do Jornal Económico de ontem à noite sobre o envio para o Banco de Portugal dos nomes do CEO e CFO para o tradicional processo de avaliação e adequação (fit and proper).

António Ramalho sai do banco no dia 1 de agosto.

A 31 de março foi conhecida a intenção de António Ramalho de cessar as funções que atualmente desempenha como CEO do Novobanco; a sua saída foi apoiada pela Lone Star, maior acionista com 75%.

 

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