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Novobanco. Dona da antiga sede prevê reforma no valor de 40 milhões de euros

Depois de adquirir a antiga sede do Novobanco por pouco mais de 112 milhões de euros, a Merlin Properties prepara-se para efetuar reformas de cerca de 40 milhões de euros. O objetivo é tornar o número 195 da Avenida da Liberdade num “edifício de serviços premium”.
19 Agosto 2022, 19h29

A gigante imobiliária Merlin Properties, que saiu vencedora da corrida à compra da antiga sede do Novobanco, prepara-se agora para investir cerca de 40 milhões de euros no edifício da Avenida da Liberdade 195, revelou ao idealista/news o fundador e CEO da sociedade espanhola, Ismael Clemente. Recorde-se que a empresa é negociada na Bolsa de Lisboa desde o início de 2020. O objetivo do investimento, segundo o responsável, é transformar a antiga sede do banco num “edifício de serviços premium”.

Clemente diz que os poucos espaços existentes naquela zona da capital são antiquados e que a ideia da Merlin é “submeter o imóvel a uma reforma muito profunda e fazer um magnífico edifício de escritórios”, confiando na “excelente localização” e na disparidade entre a procura e a oferta de qualidade. O anúncio surge dois dias depois do Novobanco ter comunicado ao mercado o fecho da venda da emblemática sede, sem que na altura tenha anunciado o comprador.

Para já, o banco continua como inquilino no número 195 da Avenida da Liberdade até à conclusão da construção da nova sede, que decorre no Tagus Park, em Oeiras. A concretização da transação imobiliária deverá acontecer algures no terceiro trimestre deste ano e estima-se um impacto positivo de 55 milhões nas contas do sucessor do BES.

Não é a primeira vez que a gigante espanhola vem às compras a Lisboa. Tinha já no passado comprado o edifício do antigo Monumental, na zona do Saldanha, onde até se instalou o BPI depois de uma semelhante reforma do edifício. A detentora de outros edifícios da capital espera que a antiga sede do Novobanco se mantenha um edifício “puramente de escritórios”, mas prevê zonas de retalho no rés-do-chão, diz Clemente ao idealista/news, garantindo ainda que não se prevê nenhuma aposta residencial ou hoteleira.

O valor dessas reformas deverá fixar-se nos 40 milhões, mas o responsável adianta que a soma total só será conhecida quando se concluir o projeto. Os prazos, contudo, permanecem uma incógnita e em causa estão as licenças, cuja responsabilidade é da Câmara Municipal de Lisboa (CML). “Essas previsões são impossíveis de fazer quando se trata de tramitar licenças com a CML”, aponta o administrador-executivo da Merlin Properties.

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