Ninguém podia entrar no quarto a não ser a Encarnação, a empregada da casa, que já estava avisada para não dizer a ninguém o que lá se passava. Era um quarto coberto por cartolinas com a matéria de Biologia que era preciso saber para passar no exame que lhe permitia a entrada no ensino superior. Foi a motivação que o levou ao impensável – “Alguma vez alguém na vida acreditava que três ou quatro anos antes eu faria uma coisa daquelas?!” -, e, por isso, todos os dias o despertador tocava mais cedo do que o habitual para “marrar e meter aquilo tudo na cabeça”. O resultado: 17 na prova de Biologia. Tinha acabado de entrar em Coimbra, no curso que queria, Licenciatura em Educação Física, à primeira.
A verdade é que de Mário, hoje professor universitário na Universidade da Madeira, ninguém esperava um feito destes, nem mesmo os pais. Enquanto estudante, sempre tinha dado muitos problemas, e chegou até a ser expulso do liceu por mau comportamento. “Eu chegava dentro da sala de aula e pedia ao professor para vir para a rua. O professor marcava-me falta e eu ficava todo satisfeito. Eu queria era ir para a rua, não gostava de estar fechado dentro de quatro paredes”.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com