[weglot_switcher]

Acabou o Obamacare. Vem aí o Trumpcare

Os republicanos têm discutido ultimamente a possibilidade de um “acesso universal” ao sistema de saúde, em vez de uma cobertura de seguro universal.
  • REUTERS/Jonathan Ernst
16 Janeiro 2017, 19h23

O presidente eleito Donald Trump disse em entrevista ao Washington Post no fim-de-semana que está quase concluído o plano que vem substituir a lei de saúde assinada pelo presidente Obama, acrescentando a sua intenção de forçar as companhias farmacêuticas a negociar diretamente com o governo os preços dos medicamentos.

Trump recusou-se a revelar detalhes referindo apenas que vão existir “muito mais baixas franquias”, no entanto qualquer proposta do novo presidente certamente dominará o esforço republicano para reformular a política federal de saúde anteriormente imposta.

O plano de Trump visa assim, além da substituição do ACA, também conhecido como Obamacare, o direcionamento das empresas farmacêuticas sobre os preços dos medicamentos.

“Eles são politicamente protegidos, mas vão deixar de ser”, sustentou o republicano em referência às empresas farmacêuticas.

Os objetivos de ampliar o acesso aos seguros e reduzir os custos dos cuidados de saúde sempre foram temas conflituosos, não estando ainda claro qual o plano da nova administração para lidar com a tensão.

O presidente da Câmara Paul D. Ryan e outros republicanos têm discutido ultimamente a possibilidade de um “acesso universal” ao sistema de saúde, em vez de uma cobertura de seguro universal.

Até agora, os republicanos deram os primeiros passos para a revogação da lei através da reconciliação do orçamento, um processo pelo qual apenas uma maioria simples é necessária no Senado, permitindo desmantelar apenas aspetos da lei que envolvem gastos federais.

Trump afirma que tem prestado atenção aos críticos que salientam que a revogação do Obamacare pode colocar em risco a cobertura de mais de 20 milhões de americanos abrangidos no sistema atual.

“Teremos seguro para todos”, reafirma o novo Chefe Executivo.

“Havia a filosofia do ‘não pode pagar não tem direito a assistência’ mas nós não vamos fazer isso. As pessoas abrangidas pela lei podem esperar bons cuidados de saúde de uma forma muito simplificada. E também muito menos cara e melhor. “

Para os republicanos conservadores duvidosos sobre a sua promessa de garantir cobertura para milhões de pessoas, o novo presidente recorda as várias entrevistas da campanha em que prometeu “não ter pessoas a morrer na rua”.

Trump alerta para a importância da redução dos preços dos medicamentos como algo de fundamental para reduzir os custos dos cuidados de saúde a nível nacional, sendo essa uma das suas prioridades.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.