[weglot_switcher]

Obras para o novo aeroporto de Lisboa no terreno em 2019, diz Pedro Marques

Estudos começam em 2017. Em cima da mesa estão duas alternativas: recuperar o projeto de Alcochete ou fazer a reconversão da base aérea do Montijo.
  • Cristina Bernardo
18 Dezembro 2016, 15h15

O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, admite que as obras do novo aeroporto de Lisboa poderão estar no terreno em 2019.

“É irreversível que o aeroporto Humberto Delgado (Portela) precisa de um acrescento de capacidade, isto para nós é evidente”, sublinha o governante em entrevista ao Negócios e à Antena 1.

Segundo o ministro, já foram iniciadas negociações com a ANA- Aeroportos de Lisboa para antecipar “o calendário de decisão e de implementação de uma nova solução aeroportuária”.

Isto significa que a ANA irá começar já em 2017 os estudos para a construção de um novo aeroporto, antecipando em um ano o calendário que estava previsto no contrato de concessão.

Em cima da mesa estão duas alternativas: recuperar o projeto de Alcochete ou fazer a reconversão da base aérea do Montijo, alternativa que mais agrada à ANA. “A diferença de custos entre as opções é demasiado grande para não considerarmos tão seriamente como estamos a fazer a opção de uma pista complementar e em particular, neste momento e com mais intensidade, o Montijo”, sublinha o ministro.

Contudo, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, considerou que tem sido “muito empolada” a hipótese de alargamento do aeroporto de Lisboa, e disse “não perceber porquê”, frisando que ainda se está numa fase “muito inicial da realização de estudos”.

Falando em “pressões” que disse surgirem de vários lados, Azeredo Lopes frisou ser necessário “não se deixar influenciar muito pelo ruído” e insistiu que a preocupação do ministério da Defesa é “salvaguardar a operação da Força Aérea Portuguesa”.

“Do que se trata aqui é, percebendo eu muito bem quando vem pressão para um lado ou quando vem pressão para o outro, de não nos deixarmos influenciar muito pelo ruído e insistindo politicamente no seguinte, não está nada decidido, estão estudos a decorrer”, disse, em entrevista à agência Lusa citada na imprensa.

Quanto à possibilidade da instalação de um terminal civil na Base Aérea militar n.º 6, Montijo, “há essa hipótese e há aparentemente essa pressão” mas, insistiu, não há mais nada para além de estudos que estão a decorrer.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.