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OE2022. “Está clara a falta que fazia o Livre neste Parlamento”, diz Rui Tavares sobre alterações aprovadas

O Livre celebrou as 13 propostas agora consagradas no documento, como o alargamento do subsídio de desemprego a vítimas de violência doméstica e dos benefícios para casais que se mudam para o interior. “Lembremo-nos como na passada campanha eleitoral, houve quem considerasse as propostas surreais”, frisou o fundador do partido.
27 Maio 2022, 13h40

O fundador do Livre, Rui Tavares, disse esta sexta-feira, na sequência da aprovação do Orçamento de Estado para 2022 (OE2022) na Especialidade que “está clara a falta que fazia o Livre neste Parlamento”, referindo-se às 13 propostas aprovadas pelo partido que estão agora consagradas no documento, como o alargamento do subsídio de desemprego a vítimas de violência doméstica, dos benefícios para casais que se mudam para o interior e a implementação do Programa 3C, relativo a eficiência energética.

Uma em cinco propostas do partido foram aprovadas, e Rui Tavares — que se absteve da votação do OE2022 — destacou que as medidas, que argumenta terem impactos reais na vida dos cidadãos, só são possíveis dada a presença parlamentar do partido. Se o Livre não estivesse no Parlamento, não teriam sido feitas, defendeu. “Lembremo-nos como na passada campanha eleitoral, houve quem considerasse as propostas surreais”, nomeadamente o PSD, que até votou a favor do subsídio para vítimas de violência doméstica, apontou.

Contudo, o representante do Livre admitiu que passaram menos propostas do que esperava. “Há propostas que deveriam ter sido aprovadas”, atirou, referindo-se à rede de transporte escolar ecológica, mas não só. “Não é compreensível que o Orçamento, que não deve ser uma folha de excel, mas um documento alinhado com os valores com os quais Portugal se compromete, não tenha todos os anos um relatório em relação aos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas”.

“Mas entendemos que é um Orçamento que vem quase a meio do ano, que há urgência para que Portugal não viva a duodécimos, e que há um Orçamento de Estado para 2023 para discutir já a seguir”, salvaguardou, acrescentando que o partido vai fazer ainda mais propostas e que muitas já estão em processamento.

Contudo, não deixa de sublinhar: “A chegada de uma esquerda libertária, ecológica, europeísta, à Assembleia da República, faz o seu caminho”.

Questionado sobre se aceita ser visto como parceiro do PS, Rui Tavares declarou: “O Livre é parceiro do país”. “Sempre dissemos na campanha que se houvesse maioria de esquerda seriamos parte da solução, e se houvesse maioria de direita, seríamos parte da oposição. Ambas têm a mesma dignidade e fundamento. Achamos que a maioria de esquerda devia ser ainda mais ampla e funcionar mais em conjunto”, finalizou.

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