[weglot_switcher]

OGMA modifica sistemas dos C-130 da Força Aérea Portuguesa

Para além da Força Aérea Portuguesa, a OGMA faz manutenção de C-130 para as forças aéreas de vários países, nomeadamente da Europa, África e Ásia.
  • OGMA trainee
26 Fevereiro 2019, 19h58

A OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A. será a empresa responsável pelo programa de modificação dos sistemas de aviónicos de quatro aeronaves C-130 da Força Aérea Portuguesa (FAP), envolvendo a substituição quase integral dos sistemas de comunicação, navegação, controlo de voo e instrumentos.

“Esta modificação colocará os C-130 da FAP ao nível dos mais recentes requisitos aeronáuticos CNS/ATM (comunicações, navegação, vigilância/gestão de tráfego aéreo). O programa irá ser concretizado ao longo de dois anos, iniciando-se a modificação da primeira aeronave em 2019”, explica um comunicado da OGMA.

O valor do contrato não foi divulgado.

De acordo com aquele documento, “a OGMA irá executar o projeto de integração de todos os sistemas na aeronave, fabricar os componentes estruturais e cablagens necessários para a instalação dos equipamentos, realizar a modificação das aeronaves, efetuar a certificação do projeto face aos requisitos da Autoridade Aeronáutica Nacional Militar e a qualificação do mesmo face aos requisitos operacionais e logísticos da FAP”.

“A OGMA será responsável também pela atualização das publicações técnicas de operação e manutenção da aeronave, fornecendo treino de operacional às tripulações de voo e treino de manutenção a técnicos da FAP”, assegura o mesmo comunicado.

A empresa reclama o reconhecimento internacional pelo “‘know–how’ e experiência de mais de 40 anos na manutenção, revisão e modernização deste tipo de aeronave, contando nos seus efetivos com técnicos altamente especializados e preparados para responder às mais variadas necessidades de manutenção neste produto”.

“Para além da Força Aérea Portuguesa, a OGMA faz manutenção de C-130 para as forças aéreas de vários países, nomeadamente da Europa, África e Ásia”, adianta o comunicado.

Criada em 1918, a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A. assenta a sua atividade em duas áreas de negócio – manutenção, reparação e revisão geral de aeronaves e de motores e componentes de aviação comercial, executiva e de defesa, e fabrico de aeroestruturas para aeronaves civis e militares.

“Com uma localização privilegiada, junto a Lisboa, a OGMA conta com uma área superior a 400 mil metros quadrados, que inclui 10 hangares de manutenção, um moderno hangar de pintura, áreas de fabricação, uma área de manutenção de motores de grande dimensão devidamente equipada, múltiplas oficinas de apoio e uma pista de aterragem e descolagem com três mil metros de extensão. A experiência da OGMA é atestada pelas diferentes entidades e fabricantes aeronáuticos, nomeadamente a Embraer, Rolls-Royce e a Lockheed Martin”, garante o referido comunicado.

Em fevereiro de 1994, a empresa tornou-se uma Sociedade Anónima (S.A.) e mudou a denominação, passando de as O.G.M.A. – Oficinas Gerais de Material Aeronáutico para a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A.

Desde a privatização, concretizada em 2005, a OGMA é detida em 65% pela Airholding SGPS (100% EMBRAER) e em 35% pela Empordef (100% Estado Português).

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.