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Oi apresenta prejuízos pelo segundo ano consecutivo. Resultado líquido negativo ascende a 1,55 mil milhões de euros

A última vez que a Oi, cujo capital é controlado em 5,37% pela portuguesa Pharol, apresentou um resultado líquido positivo foi em 2018, quando a telecom brasileira registou um lucro a rondar os 24,6 mil milhões de reais (3,6 mil milhões de euros).
  • Oi Brasil
29 Março 2021, 13h03

Pelo segundo ano consecutivo a brasileira Oi apresentou prejuízos. Apesar de ter passado de prejuízos a lucro no quarto trimestre de 2020, no conjunto do ano a Oi registou um resultado negativo de 10,5 mil milhões de reais (1,55 mil milhões de euros), revelou a empresa de telecomunicações esta segunda-feira. O valor compara com o prejuízo de nove mil milhões de reais (1,3 mil milhões de euros), em 2019.

A empresa salienta, ainda assim, a recuperação homóloga verificada entre outubro e dezembro do ano passado com um lucro de 1,8 mil milhões de reais (mais de 265 milhões de euros)  A última vez que a Oi, cujo capital é controlado em 5,37% pela portuguesa Pharol, apresentou um resultado líquido positivo foi em 2018, quando a telecom brasileira registou um lucro a rondar os 24,6 mil milhões de reais (3,6 mil milhões de euros).

Em 2020, a receita líquida total fixou-se nos 18,7 mil milhões de reais (a rondar os três mil milhões de euros), o que corresponde a um decréscimo homólogo de 6,8%. A quebra da receita é acompanha por um recuo de 2,5% no número de clientes totais, que no final de dezembro era 52,1 milhões.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina desceu 2,8%, para 5.845 milhões de reais (a rondar os 860 milhões de euros).

Acresce o aumento homólogo em 82% da dívida líquida da Oi, para 21,8 mil milhões de reais (mais de 3,2 mil milhões de euros). A telecom justificou o agravamento da dívida com a evolução desfavorável do real face ao dólar e com o efeitos da pandemia da Covid-19.

“No comparativo anual, por sua vez, a elevação foi decorrente, principalmente, da forte desvalorização do real vs dólar no período, de 28,9%, resultado dos efeitos da pandemia da Covid-19 sobre a economia do país e do mundo, além das incertezas fiscais e risco político, no front doméstico. Somam-se a isso o resultado do accrual de juros e da amortização do AVP, que contribuem para o crescimento da dívida a cada período”, lê-se.

A Oi referiu ainda que no início de 2020 “houve a emissão de uma debênture [título de crédito representativo de um empréstimo que uma companhia realiza junto a terceiros] privada no valor aproximado de 2.500 milhões de reais, conforme previsto no Plano de Recuperação Judicial (PRJ). A amortização de dívida do ano totalizou 791 milhões de reais”.

No final de 2020, 62,2% da dívida líquida total era relativa a moeda estrangeiro “a valor justo e o prazo médio consolidado encontrava-se em aproximadamente nove anos”.

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