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Oligarca russo alerta para crise alimentar mundial causada pela invasão da Ucrânia

O oligarca russo apontou que a guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia já “levou a um aumento do preços dos fertilizantes, que deixaram de ser acessíveis aos agricultores”.
14 Março 2022, 09h36

O oligarca russo Andrei Malnichenko, ligado à indústria do carvão e do fertilizante, alertou para uma crise alimentar a nível mundial num futuro próximo, revela a “Reuters”. O multimilionário alertou que, devido ao conflito armado, os preços do fertilizante dispararam e que muitos agricultores já se encontram em dificuldades.

O presidente russo já tinha avisado que os preços dos géneros alimentares iam subir devido ao aumento do preço do fertilizante, após a aplicação das sanções por parte do Ocidente. O fertilizante russo significa 13% das exportações mundiais, um valor significativo para a agricultura mundial.

A Rússia é um dos maiores produtores de fertilizante do mundo, nomeadamente dos que contêm os principais nutrientes necessários aos solos (potássio, fosfato e nitrogénio), com a EuroChem a ser uma das cinco maiores empresas no mercado.

O oligarca russo apontou que a guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia já “levou a um aumento do preços dos fertilizantes, que deixaram de ser acessíveis aos agricultores”. Andrei Melnichenko relembrou que as cadeias de produção já tinham sido interrompidas pela produção mas que, devido às sanções, estão cada vez mais estranguladas.

“Isso levará a uma inflação dos alimentos ainda mais elevada na Europa e, provavelmente, à escassez de alimentos nos países mais pobres do mundo”, disse Melnichenko.

O empresário tem sido um dos oligarcas russos que se mostram contra a guerra na Ucrânia, uma vez que lhe têm sido aplicadas várias sanções. O oligarca está na lista das sanções da União Europeia e, no passado fim de semana, viu ser apreendido o seu iate no porto de Trieste, em Itália.

Melnichenko renunciou ao cargo de diretor não executivo e à posição no conselho de administração das suas duas empresas, a EuroChem e a SUEK, depois do conflito armado se instalar na Ucrânia.

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