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OMS reune de emergência devido a surto de Monkeypox na Europa

O comité da OMS que vai reunir é um grupo que aconselha a OMS sobre riscos de infeção que podem representar uma ameaça à saúde global.
20 Maio 2022, 15h55

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai realizar uma reunião de emergência esta sexta-feira para discutir o recente surto de Monkeypox, também conhecido como varíola dos macacos, num momento em que mais de 100 casos foram confirmados ou suspeitos na Europa.

O comité da OMS que deve reunir é o Grupo Consultivo Estratégico e Técnico sobre Riscos Infeciosos com Potencial Pandémico e Epidémico, que aconselha a OMS sobre riscos de infeção que podem representar uma ameaça à saúde global.

Até ao momento os casos já foram confirmados em pelo menos oito países: Reino Unido, Espanha, Portugal, Alemanha e Itália, bem como nos Estados Unidos, Canadá e Austrália.

“Com vários casos confirmados no Reino Unido, Espanha e Portugal, este é o maior e mais difundido surto de Monkeypox já visto na Europa”, disse o serviço médico das Forças Armadas da Alemanha, que detetou o seu primeiro caso no país na sexta-feira, segundo a “Reuters”.

“No entanto, é muito improvável que esta epidemia dure muito tempo. Os casos podem ser isolados através do rastreamento de contato e também há medicamentos e vacinas eficazes que podem ser usadas se necessário”, acrescentou.

Não há uma vacina específica para a varíola dos macacos, mas os dados mostram que as vacinas usadas para erradicar a varíola são até 85% eficazes contra o Monkeypox.

Na quinta-feira as autoridades britânicas disseram que ofereceram uma vacina contra a varíola para alguns profissionais de saúde e outros que podem ter sido expostos ao vírus. No mesmo dia, em Espanha foram encomendadas milhares de vacinas para travar a disseminação do Monkeypox.

Desde 1970 que casos de Monkeypox foram relatados em 11 países africanos. A Nigéria teve um grande surto desde 2017 que ainda dura, com 46 casos suspeitos, dos quais 15 foram confirmados. Na Europa o primeiro caso foi confirmado a 7 de maio num indivíduo que regressou a Inglaterra vindo da Nigéria.

Desde então, mais de 100 casos foram confirmados fora de África, de acordo com um rastreador de um académico da Universidade de Oxford.

No Reino Unido, onde 20 casos foram confirmados, a Agência de Segurança sanitária britânica explicou que os casos recentes no país foram predominantemente entre homens que se auto-identificaram como gays, bissexuais ou homens que fazem sexo com homens.

Em Portugal a Direção Geral de Saúde anunciou, esta sexta-feira, que o número de casos do Monkeypox subiu para 23. “Os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis e em ambulatório. Estão em curso os inquéritos epidemiológicos dos casos suspeitos que vão sendo detetados, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos e respetivos contactos”, refere a DGS.

Na vizinha Espanha as autoridades de saúde apontaram que foram confirmados 23 novos casos na sexta-feira, principalmente na região de Madrid, onde a maioria das infeções estava ligada a um surto numa sauna adulta.

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