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OncoStats é a primeira ‘medtech’ portuguesa a financiar-se na Seedrs

A startup de saúde portuguesa recorre à venda de ações na Internet com o objetivo de captar até 250 mil euros.
30 Novembro 2016, 17h49

A medtech portuguesa OncoStats, startup nascida o ano passado que pretende mudar a prática da oncologia no mundo, lança hoje uma operação de venda de ações em equity crowdfunding, tornando-se, assim, a primeira empresa portuguesa de saúde a ir ao encontra da plataforma de equity crowdfunding europeia, Seedrs, com vista a obter financiamento por parte de investidores mundiais.

Avaliada em 2,25 milhões de euros, a OncoStats vai colocar no mercado 10% do seu capital, com o objetivo de captar até 250 mil euros. O valor angariado irá ser utilizado na criação de uma equipa a full-time, para o desenvolvimento e internacionalização da medtech portuguesa que, numa primeira fase, irá contar com um gestor executivo, três software developers, um designer, um investigador e um administrativo, totalizando sete cargos. A equipa assumirá a operação da medtech portuguesa, tanto a nível nacional como internacional.

A campanha, que atingiu mais de 25% do objetivo só no primeiro dia, está ativa durante os próximos 60 dias no site da plataforma Seedrs.

Miguel Borges, CEO e co-fundador da startup, avança que “este investimento tem como objetivo concretizar a equipa do OncoStats, que vai ser responsável pelo amadurecer da plataforma, pela expansão a outros tipos de cancro (já que demos início com o cancro da mama) e a sua instalação em diversos hospitais portugueses”.

O mesmo responsável acrescenta ainda que “Portugal é a nossa rampa de lançamento para o mundo mas, por outro lado, é esta mesma equipa que vai iniciar a estratégia de internacionalização no Brasil e em três mercados europeus – Reino Unido, Alemanha e Suíça”

A OncoStats permite que as informações clínicas sejam registadas de forma sistemática e estruturada numa plataforma desenhada por médicos e para médicos, sendo cada registo previamente validado por estes profissionais. Os pacientes também podem comunicar informações e efeitos durante os tratamentos ambulatórios com as equipas clínicas, envolvendo-se no tratamento através de uma aplicação móvel.

Para o diretor de desenvolvimento de negócios da Seedrs, Filipe Portela, “o facto de uma empresa do setor da saúde estar a recorrer a este modelo de financiamento é um excelente sinal e demonstra que qualquer startup pode realizar campanhas na Seedrs, independentemente da sua área ou ramo de atividade. Esperamos que seja mais um caso de sucesso e abra a portas a outras empresas do setor”.

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