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ONU acredita que o mundo está a enfrentar a maior crise humanitária em 70 anos

Mais de 20 milhões de pessoas enfrentam risco de fome extrema em apenas quatro países. O Programa Alimentar Mundial, que faz parte da Organização das Nações Unidas, aponta o Iémen como a situação mais crítica em todo o mundo.
25 Agosto 2017, 14h05

O diretor do Programa Alimentar Mundial, David Beasley, considera que o mundo está a atravessar a maior crise humanitária dos últimos 70 anos, com mais de 20 milhões de pessoas em risco de fome extrema no Iémen, Somália, Sudão do Sul e Nigéria. A situação mais grave é a do Iémen, onde perto de sete milhões de pessoas dependem das ajudas alimentares internacionais para conseguirem sobreviver.

Em entrevista à agência Lusa, David Beasley explica que “uma fome é uma situação rara” e que ter quatro países à beira do risco de fome ao mesmo tempo é algo que “nunca se ouviu falar”. “Enfrentamos a maior crise humanitária em 70 anos, com 20 milhões de pessoas perto de morrer à fome em quatro países”, afirma.

David Beasley dá conta de que “em cada um destes países, facões em guerra e violência têm posto a sua agenda à frente das pessoas”, criando emergências de fome e doença a larga escala e dificultado a ação das organizações humanitárias.

No Iémen, o diretor do Programa Alimentar Mundial indica que “o país está à beira de colapso total” e que “a má nutrição entre as crianças está a níveis altíssimos, impedindo uma geração inteira de alcançar todo o seu potencial”.

“O sistema financeiro está em ruínas e grandes áreas do setor público, incluindo milhares de funcionários de saúde, não recebem os seus salários há quase 10 meses”, sustenta David Beasley, lembrando que além da fome há ainda o surto de cólera, que tem causado a morte de outras centenas de pesssoas.

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