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OPEP reúne e Venezuela admite acordo para estabilizar a produção

Os membros da OPEP reúnem-se para a semana. Em cima da mesa está o congelamento dos atuais níveis de produção de petróleo.
19 Setembro 2016, 10h05

O líder da Venezuela, Nicolas Maduro, admitiu na cimeira dos países não alinhados, em Argel, que se estabeleça um acordo para estabilização da produção de petróleo na próxima reunião dos países da OPEP.

Apesar desta indicação, o secretário-geral daquela entidade, Mohammed Barkindo, segundo avança a Bloomberg, considerou que a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), na próxima semana, será informal e serve para “consultas entre os membros e troca de pontos de vista”.

As conversações, que decorrerão no próximo dia 27, foram sugeridas pelo Qatar na última conferência da OPEP, em junho, e Mohammed Barkindo não descarta a possibilidade de se realizar uma reunião extraordinária se for encontrado um consenso durante estas conversações informais. Em agenda está o congelamento dos níveis de produção de petróleo.

Em abril, numa ronda de contactos em Doha, no Qatar, a Rússia e a OPEP não conseguiram um acordo sobre o congelamento conjunto da produção para apoiar os preços. O Irão, um dos principais membros da OPEP, tem resistido ao congelamento do atual nível de produção, pois espera recuperar os níveis anteriores às sanções internacionais devido ao seu programa nuclear.

Quanto aos cálculos sobre o crescimento económico mundial para este ano, a organização fez uma revisão em baixa de 3,1% para 2,9%, devido à debilidade do Japão e a um menor crescimento da economia dos Estados Unidos.

Para 2017, os analistas da OPEP mantiveram os cálculos de um crescimento previsto de 3,1%.

A OPEP, liderada pela Arábia Saudita, adotou nos últimos anos uma estratégia de produção sem limites máximos para proteger a sua quota de mercado e expulsar os competidores, alegadamente incapazes de suportar os baixos preços, como o petróleo de xisto dos Estados Unidos.

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