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Operação Lava Jato: Justiça condena um dos homens mais poderosos do Brasil

O milionário é acusado de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, por ter pago subornos ao antigo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, em troca do favorecimento em licitações de obras públicas.
3 Julho 2018, 15h48

O empresário brasileiro Eike Batista, fundador e presidente do grupo EBX, foi esta terça-feira condenado a uma pena de 30 anos de prisão, no âmbito da Operação Lava Jato. O milionário é acusado de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, por ter pago subornos ao antigo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, em troca do favorecimento em licitações de obras públicas.

A sentença foi decretada pelo juiz Marcelo Bretas, que exigiu ainda o pagamento de uma multa de 53 milhões de reais (11,6 milhões de euros). As autoridades acreditam que Eike Batista terá pago ‘luvas’ a Sérgio Cabral no valor de 52 milhões de reais (cerca de 11,4 milhões de euros), para obter favorecimentos na compra de uma mina de ouro, no estado do Rio de Janeiro.

O empresário já tinha sido preso em janeiro do ano passado, tendo seguido depois para prisão domiciliária em abril. Com esta condenação, Eike Batista fica com o passaporte apreendido e fica impossibilitado de deixar o Brasil. No mesmo processo, Sérgio Cabral foi também condenado a 22 anos e oito meses de prisão. Já a sua mulher, Adriana Ancelmo, foi condenada a quatro anos e seis meses.

Eike Batista foi um dos homens mais poderosos do Brasil. Segundo a revista norte-americana ‘Forbes’,  a fortuna do empresário chegava em 2012, aos 30 mil milhões de dólares (cerca de 25,7 mil milhões de euros).

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