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Operação Lex. Juíza Fátima Galante suspensa por quatro meses

Juíza desembargadora contava regressar ao Tribunal da Relação de Lisboa esta semana, mas Conselho Superior da Magistratura decidiu, em plenário, nesta terça-feira, 11 de setembro, suspender novamente a ex-mulher do juiz Rui Rangel. Ambos são arguidos no processo processo centrado em suspeitas de corrupção que envolvem o juiz do Tribunal da Relação de Lisboa.
11 Setembro 2018, 16h55

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) decidiu, em plenário, nesta terça-feira, 11 de setembro, suspender novamente a juíza Fátima Galante, arguida no processo da Operação Lex, processo centrado em suspeitas de corrupção que envolvem o juiz do Tribunal da Relação de Lisboa, Rui Rangel. Suspensão é por um prazo de 120 dias com efeitos a partir de hoje e pode ainda ser prorrogada até um limite máximo de 180 dias.

A juíza desembargadora, ex-mulher de Rui Rangel, previa voltar ao Tribunal da Relação de Lisboa já esta semana, uma vez que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) tinha revogado a suspensão de funções de Fátima Galante.

Mas enquanto decorre o processo disciplinar, esta medida trata-se de uma suspensão preventiva, tendo sido, aliás, já sido aprovada pelo órgão que tutela os juízes envolvidos nesta operação, mas que acabou por não ser aplicada uma vez que o juiz do STJ tinha ouvido Fátima Galante no primeiro interrogatório, tendo optado por decidir neste sentido.

A operação Lex, que tem 13 arguidos, foi desencadeada no final de janeiro e está relacionada com branqueamento de capitais, fraude fiscal, tráfico de influências e corrupção/recebimento indevido de vantagens.

Entre os arguidos estão os juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante, Rita Figueira, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares, o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol João Rodrigues e três advogados.

Na altura, CSM determinou a suspensão preventiva dos desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante com efeitos imediatos, após serem arguidos na operação Lex.

Rui Rangel, o principal arguido neste caso, é suspeito dos crimes “recebimento indevido de vantagem, corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influência e de fraude fiscal”, revelou na altura a PGR.

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