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Passos Coelho e Assunção Cristas cercam Governo sobre Tancos e Pedrógão: “Só serviu para horas boas”

O PSD e o CDS apertam o cerco ao Governo. Pedro Passos Coelho diz que o “Governo só mostrou servir para as horas boas”, e Assunção Cristas pediu audiência a Marcelo para falar sobre “a quebra grave da confiança nas instituições do Estado”.
3 Julho 2017, 01h13

Os dois partidos de direita estão a cerrar fileiras nas críticas ao Governo.  O presidente do PSD, Passos Coelho, sublinhou, este domingo, que, no furto nos paióis de Tancos e no incêndio em Pedrógão Grande, não foi possível “identificar um Governo que governe”, criticando o executivo por só servir “para as horas boas”, avança a Lusa.

No espaço de quinze dias, “no coração de políticas públicas que deveriam existir no Estado para garantir a tranquilidade, a defesa e a segurança das pessoas, o Estado falha em aspetos que são essenciais”, concluiu Pedro Passos Coelho, que falava durante o jantar de apresentação da candidatura de Célia Marques à Câmara Municipal de Alvaiázere, no distrito de Leiria.

Segundo o líder da oposição nas duas situações, o “Governo só mostrou servir para as horas boas”, sendo que, “quando aparece algum imprevisto ou alguma coisa má, o Governo desaparece”. Das duas vezes, vincou Passos Coelho, “não conseguimos identificar um Governo que governe, que tome uma ação decidida, que tranquilize as pessoas, que saiba o que está a fazer”. Já a líder do CDS/PP Asunção Cristas vai segunda-feira a Belém falar sobre “quebra grave da confiança nas instituições do Estado”.

O CDS-PP pediu hoje uma audiência com “caráter de urgência” ao Presidente da República e uma delegação encabeçada pela líder Assunção Cristas será recebida na segunda-feira para falar sobre “quebra grave da confiança nas instituições do Estado”, avança a Lusa. De acordo com fonte da direção democrata-cristã, citada pela agência, a audiência com Marcelo Rebelo de Sousa está marcada para as 14 horas e o CDS-PP pretende discutir com o Presidente da República a atuação do Estado no caso da tragédia de Pedrógão Grande e no furto de armas em Tancos.

O incêndio que deflagrou há 15 dias em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois. Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

Já no caso do furto de armas, o Exército anunciou na quinta-feira que foi detetada na quarta-feira ao final do dia a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois `paiolins`, tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros.

Na sexta-feira, o Exército acrescentou que entre o material de guerra roubado na quarta-feira dos Paióis Nacionais de Tancos estão “granadas foguete anticarro”, granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, mas não divulgou quantidades.

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