O Orçamento do Estado foi aprovado na generalidade, esta sexta-feira, apenas com votos a favor do PS. O PSD, Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda e PCP votaram contra e o PAN e Livre abstiveram-se. A votação final global decorrerá a 27 de maio.
Há uma semana o PSD anunciou que ia votar contra o diploma, numa ocasião em que o líder, Rui Rio, considerou que o documento não estimula o crescimento económico e quebra “promessas eleitorais” do Governo como acontece com o aumento dos salários que devido ao aumento da inflação vão ter “um corte real”.
Ontem foi a vez do Chega que avançou igual voto contra o OE2022. O presidente do Chega esclareceu que o documento “mantém a espinha dorsal do Orçamento do Estado chumbado em outubro do ano passado, quando não tínhamos nem guerra na Europa, nem o surto inflacionista a que estamos a assistir”.
Também a Iniciativa Liberal rejeitou o diploma, quando o presidente João Cotrim Figueiredo explicou que o Orçamento continha falhas de “credibilidade, de honestidade e de ambição”. O liberal sublinhou ainda que o OE “não é credível no que diz respeito à quantificação”.
À esquerda, o deputado Bruno Dias do PCP explicou ao Jornal Económico que o partido votava contra o diploma, visto que este “está muito longe de responder aos problemas principais que o país enfrenta neste momento”. “Está mais longe ainda do que estava em outubro”, assegurou.
No Bloco de Esquerda, o líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, justificou a rejeição do documento com o argumento de que o atual Orçamento “repete o mesmo diploma apresentado em outubro passado e que, já nessa altura, o Bloco de Esquerda considerou que não estava à altura das necessidades do país”.
Ao contrário dos restantes partidos tanto o PAN como o Livre abstiveram-se deixando assim a porta aberta ao Governo para negociações na especialidade.
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