Em princípios de Dezembro ocorrerão as eleições para a Ordem dos Economistas.
Trata-se de um momento alto na vida da Ordem, pois importa inverter uma manifesta tendência que se tem vindo a registar para uma crescente perda de relevância da mesma, com redução do número de membros e quase ausência de candidaturas de jovens recém licenciados ou dotados de mestrado.

Importa que a Ordem contribua para prestigiar a classe dos economistas, promovendo a profissão e, por isso mesmo, a responsabilização dos actos económicos e debatendo questões relevantes da actualidade.

Importa que se apresente ao acto eleitoral uma lista de mulheres e homens independentes, não condicionados por espartilhos político-ideológicos, empenhados na prestação de um serviço público.

Em boa verdade, precisamos de uma Ordem que promova a coesão e o prestígio da classe dos economistas, disponibilizando serviços aos seus membros, quer através da criação de um Gabinete de Apoio à Inserção e Valorização de jovens economistas, quer mediante a entrada em funcionamento de um Gabinete de Recrutamento de Executivos ou, ainda, da criação de uma Plataforma de Oferta de Empregos, de um Grupo de Trabalho para a igualdade do Género ou de um Observatório de Desenvolvimento Sustentável.

Precisamos, ainda, de desenvolver contactos com organizações congéneres na União Europeia e nos países da CPLP, neste último caso, dando seguimento ao que já estava projectado para a ALECON- Associação Lusófona de Economia.

A Nova Ordem não deverá descurar a necessidade de intensificação de um relacionamento responsável com a sociedade, contribuindo para que se instale uma nova dinâmica desenvolvimentista na economia portuguesa, defendendo a imperiosidade de um planeamento estratégico e colocando o acento tónico na maximização do bem-estar do conjunto dos stakeholders, em vez de se reconduzir o comportamento dos agentes a um mero postulado de maximização do lucro a curto prazo.

A Nova Ordem deverá estreitar contactos com outras ordens profissionais, com o Conselho Nacional das Ordens Profissionais, com a International Economic Association, com os Órgãos de Soberania e com instituições da Sociedade Civil.

E seria, ainda, útil que houvesse uma visão de “baixo para cima”, isto é, que fosse ao encontro dos interesses do membro comum da Ordem e das diferentes delegações, procurando-se estabelecer amplos consensos sobre as ações a empreender no futuro, conjugando interesses e perspectivas diversas.

Tudo isto está ao nosso alcance porque existe uma lista candidata que corporiza estes anseios e estes objectivos e que é, de facto, integrada por mulheres e homens livres, liderados por alguém com experiência de direção e de gestão na própria Ordem, António Mendonça, é que estão, sinceramente, empenhados na prestação de um serviço público.

Começo como terminei: trata-se de inverter uma tendência negativa, com boas ideias, bons propósitos e bons elementos.

Trata-se, enfim, de servir o País, servindo os economistas. Nem mais, nem menos…

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.