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Os pedidos da Rainha são ordens. Conheça os 15 “empregos” mais caricatos da Casa Real britânica

Entre governantes, jardineiros e chefs de culinária existem vários empregos que têm tanto de fascinantes como de caricatos. Alguns deles, de grande importância noutros tempos, funcionam hoje como meramente representativos.
  • Hannah McKay / Reuters
6 Abril 2017, 12h35

Sabia que há uma pessoa responsável só por tratar dos cisnes da rainha Isabel II? Ou que a Casa Real tem um funcionário responsável apenas por cuidar dos selos de sua Alteza? Em Terras de Sua Majestade, são mais de 1.000 os funcionários que fazem parte do corpo laboral que assegura o bom funcionamento das tarefas diárias no Palácio de Buckingham e no Castelo de Windsor.

Entre governantes, jardineiros e chefs de culinária existem vários empregos que têm tanto de fascinantes como de caricatos. Alguns deles, de grande importância noutros tempos, funcionam hoje como meramente representativos. E se uns parecem mais prementes do que outros, a verdade é que todos eles se destinam a levar até à rainha o máximo de conforto e bem-estar possível.

O conservador real de relógios:

Ao todo há mais de 1.000 relógios, barómetros e termómetros nas residências reais. Para garantir que todos estejam a funcionar devidamente, a Casa Real paga a um horologista qualificado e experiente para enrolar, consertar e dar corda a todos os instrumentos de medição de tempo, que são verdadeiras relíquas, com anos e anos de história.

O astrónomo real:

Tal como o mestre de cavalo trata-se de um título honorário. Atualmente o astrónomo real é Martin Rees, Barão de Ludlow, que iniciou funções em 1995. O astrónomo real deve estar disponível 24 horas por dia para consulta sobre qualquer questão científica.

O mestre do cavalo: 

Ser mestre do cavalo da rainha é um cargo honorário, atualmente desempenhado por Samuel Vestey, terceiro Barão de Vestey. Na lista de funções a serem desempenhadas por Samuel Vestey consta a preparação e atendimento a todas as cerimónias onde a rainha saia a andar a cavalo ou numa carruagem puxada por cavalos. O mestre do cavalo está responsável também pela inspeção das cavalariças e estábulos reais.

O flautista real:

O cargo, criado em 1843 pela rainha Victoria, é um dos mais prestigiados na Casa Real. Desde a sua criação, apenas 15 pessoas foram destacadas para ocupar esta posição. O flautista real deve tocar sob a janela da rainha todos os dias da semana às 9h00 durante aproximadamente 15 minutos, independentemente de a rainha estar hospedada no Palácio de Buckingham, no castelo de Windsor ou noutra residência oficial. Scott Methven, do regimento de infantaria Argyll and Sutherland Highlanders, está desde 2002 responsável por essas funções.

O grande escultor:

Não é um escultor qualquer. E não esculpe pedra. Para esta posição, que é hereditária, é preciso ter o ADN certo para conseguir esculpir corretamente a carne que é servida nos banquetes da rainha. Atualmente o conde de Denbigh e Desmond é o encarregado desta profissão e aparentemente organizou, ou esteve pelo menos por perto, dos jantares da família real desde criança.

O mestre das barcas reais:

Popular durante o século XVIII para fazer a travessia no rio Tamisa do monarca de um lado do rio para o outro, o cargo perdeu a sua importância nos últimos anos. Com um salário anual de 3,50 libras (4 euros), o mais provável é que o mestre das barcas reais tenha de conciliar o trabalho real com outro, pois tal como o trabalho, também a remuneração caiu a pique.

O mestre da música da rainha:

Abolido em 1649, o cargo de mestre da música da rainha foi reinstaurado em 1660. Em 2014, a compositora Judith Weir assumiu o lugar e, embora não tenha propriamente uma lista de funções a desempenhar, Judith Weir criou uma versão especial do hino nacional “God Save the Queen” durante a transladação do corpo do rei Ricardo III, morto em combate em 1485, para a Catedral de Leicester em 2015.

O responsável pelos selos da rainha:

O rei Jorge V, pai de Isabel II, era uma apaixonado por selos e tinha uma coleção enorme de selos que a rainha achou que deveria ser preservada. Para isso, Michael Sefi foi incumbido de garantir a boa conservação da coleção e viajar por todo o mundo para lhe adicionar novos selos.

O professor botânico da rainha:

O criado em 1699, o cargo de professor botânico da Casa Real é nos dias de hoje mais um emprego meramente honorário. O que é pedido ao professor são recomendações sobre o que deve ser plantado ou quais os tipo de cuidados a ter com determinadas plantas do jardim de Sua Alteza Real. Stephen Blackmore foi nomeado em 2010 para exercer estas funções.

O escultor para a Escócia:

Sir John Robert Steell foi nomeado pela rainha Victoria em 1838 como o primeiro escultor para a Escócia, tendo produzido a escultura do primeiro duque de Wellington, que pode ser visto na Princes Street, em Glasgow (Escócia). O cargo tornou-se permanente em 1921 e atualmente é desempenhado por Alexander Stoddart.

O arpista oficial do Príncipe de Gales:

O cargo conta com séculos de história, mas em 1871 foi interrompido durante o reinado da rainha Victoria. A importância do arpista deve-se à tradição galesa que tem a harpa o seu exponente musical. O príncipe Carlos trouxe de volta a profissão em 2000 e desde 2015, Anne Denholm assume o papel.

O sargento da bandeira:

Responsável por levantar e baixar a bandeira do Reino Unido quando a Sua Majestade não está na sua residência real, o cargo de sargento da bandeira foi criado em 1997. Desde então, o responsável por esta tarefa fica encarregado de, consoante as circunstâncias, levantar, baixar ou colocar a bandeira a meia haste. A posição é atualmente desempenhada por Lance Nathan Bowen.

O responsável por calçar a rainha:

A rainha Isabel II tem um empregado responsável por a calçar e garantir que ela não fique demasiado desconfortável ou com os pés doridos. Embora não seja conhecida a data em que foi criada esta posição, estima-se que esta some vários anos de história.

O responsável pelas imagens da rainha:

A principal função deste cargo é garantir o cuidado e a manutenção de todas as imagens (quadros, fotografias, pinturas) perduradas nas paredes dos palácios da Casa Real. Desde 2005 que o encarregado por esta tarefa é Desmond Shawe-Taylor.

O tratador dos cisnes e o responsável pelo seu registo:

Se em tempos estes dois trabalhos faziam parte de um emprego só, em 1933 ficou decidido que passariam a intregrar empregos diferentes, devido ao “volume” de tarefas que eram desempenhadas. As suas funções prendem-se com a contagem e os tratamentos médicos dos cisnes que nadam no rio Tamisa. Estes papeis são hoje desempenhados pelo professor Christopher Perrins e David Barber.

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