[weglot_switcher]

Pagamentos MB Way representam 40% das transações no BCP

“Só em termos de pagamentos em MB Way no BCP, através da aplicação do banco ou do MB Way, representam já 40% de todas as transações”, afirmou a administradora do BCP Maria José Campos, que falava na conferência “Como proteger os pagamentos? (Ciber)Segurança e prevenção da fraude”, organizada pela BdP, que decorreu em Lisboa.
2 Maio 2022, 16h53

Os pagamentos MB Way, através da aplicação própria ou do banco, representam 40% das transações no Banco Comercial Português (BCP), adiantou uma administradora da instituição, alertando para os novos perigos.

“Só em termos de pagamentos em MB Way no BCP, através da aplicação do banco ou do MB Way, representam já 40% de todas as transações”, afirmou a administradora do BCP Maria José Campos, que falava na conferência “Como proteger os pagamentos? (Ciber)Segurança e prevenção da fraude”, organizada pela Banco de Portugal (BdP), que decorreu em Lisboa.

Esta responsável explicou que a pandemia de Covid-19 foi um “acelerador de tendências”, mas também um consolidador, face à sua duração, dos hábitos de pagamentos digitais.

Assim, surgiram novas propostas de valor e mais operadores no mercado, mas também novas vulnerabilidades, com a fraude nos pagamentos a “evoluir rapidamente”.

Maria José Campos apontou que alguns dos principais desafios atuais são os pagamentos instantâneos, “mais difíceis de recuperar”, a permanente evolução dos pagamentos digitais, bem como a pressão e expectativa por parte do consumidor para que “a segurança não comprometa experiências mais rápidas, intuitivas e simples”.

Já no que se refere aos principais grandes tipos de fraude, a administradora do BCP destacou os casos em que as credenciais dos clientes são comprometidas ou quando os clientes são levados a fazer um pagamento, sem sequer saber o que estão a fazer.

“Queremos estar na frente da inovação dos pagamentos. O que vai obrigar a que os pagamentos sejam mais seguros e confiáveis. Por isso, montamos um modelo com cinco frentes e uma equipa multidisciplinar, que estuda oportunidades para desenvolver novos métodos e iniciativas”, sublinhou.

Por outro lado, considerou que ainda “há caminho a fazer” no que se refere à colaboração com os outros bancos.

Presente na mesma conferência, o administrador do Banco de Portugal, Hélder Rosalino, já tinha defendido que os sistemas de pagamento “são vitais para a economia”.

Segundo este responsável, os sistemas de pagamentos são também “um elemento fundamental” para o funcionamento do sistema financeiro.

Os instrumentos de pagamento eletrónico apresentaram níveis de fraude “muito reduzidos” no primeiro semestre de 2021, destacando-se as operações com cartões na ótica da entidade emitente, com 0,03% em quantidade e valor, revelou a instituição liderada por Mário Centeno.

“No primeiro semestre de 2021, a utilização dos diferentes instrumentos de pagamento eletrónicos em Portugal manteve-se com níveis de fraude muito reduzidos”, lê-se no relatório dos sistemas de pagamentos 2021, divulgado, esta sexta-feira, pelo BdP.

Destacam-se, neste período, as operações com cartões na ótica do emitente, com um aumento de 0,03% em quantidade e valor.

Contudo, o valor médio por fraude, que se fixou em 54 euros, foi o mais baixo.

As transferências a crédito, por seu turno, apresentaram 2647 euros de valor médio por transação fraudulenta, “mas apenas três em cada milhão de transferências foram fraudulentas”.

O valor médio de fraude por débito direto situou-se nos 1511 euros, acima do valor médio de 150 euros por operação, “em resultado de um pequeno número de fraudes por montante mais elevado”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.