Umas têm obras de arte expostas nas paredes e outras são salas de grandes dimensões onde a acústica permite que os concertos sejam memoráveis. Durante o dia de ontem, e em sinal de protesto contra as regras impostas pelo governo para travar a pandemia, museus e locais de concertos decidiram transformar-se em cabeleireiros e ginásios, revela a “BBC”.
Duas esteticistas e um barbeiro ocuparam o museu Van Gogh em Amesterdão para atender os seus clientes e alertar para a dualidade das regras governamentais. Estes profissionais atenderam as suas dezenas de clientes rodeados por obras de arte de valores inestimáveis. Por sua vez, dois barbeiros montaram barbearias provisórias no Concertgebouw, a sala de concertos mais importante da capital dos Países Baixos.
De acordo com as novas regras, museus, teatros, bares e cafés não têm permissão para abrir portas mas cabeleireiros, esteticistas e ginásios podem atender os seus clientes. Esta foi uma forma que o sector cultural encontrou para se manifestar contra as regras que consideram injustas.
“Queríamos deixar claro que uma visita a um museu é segura, e igualmente importante à marcação do salão de unhas, talvez mais. Só pedimos que sejam consistentes… Façam as regras de uma forma que todos entendam”, considerou Emilie Gordenker, diretora do museu Van Gogh.
A diretora do museu esclareceu que este protesto serviu para chamar a atenção governamental e mostrar as distinções que estão a ser feitas entre sectores distintos.
Além do museu Van Gogh, o centro de debates De Balie abriu portas enquanto instituição religiosa Sociedade Filosófica, os museus Mauritshuis, em frente ao parlamento, e Limburgs abriram como ginásios
No Concertgebouw os cortes de cabelos eram acompanhados pela música da orquestra, que pode ensaiar mas não dar concertos.
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