O grupo parlamentar do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) quer que o governador do Banco de Portugal e o presidente do Novo Banco sejam ouvidos no Parlamento com urgência para explicarem as medidas de supervisão que estão em curso e as contas desta instituição bancária, respetivamente.
A decisão do PAN em apresentar este requerimento deve-se às notícias que dão conta de que o banco liderado por António Ramalho vai pagar 2 milhões de euros em prémios de desempenho aos seus gestores, apesar de ter registado prejuízos de 1.059 milhões de euros em 2019 e de estar a fazer correr tinta devido a uma “falha de comunicação” entre Mário Centeno e o primeiro-ministro sobre a transferência de 850 milhões de euros para a injeção de capital através do Fundo de Resolução.
“Esta notícia vem juntar-se a outras que vieram a público no início deste mês, as quais vieram dar nota de que em 2019 o CEO do Novo Banco viu o seu salário aumentado em quase 5% e de que no total a administração executiva recebeu em honorários cerca de 2,3 milhões de euros”, explica o PAN, em comunicado.
Para o deputado do partido, este processo é “profundamente irresponsável”. “O mais grave em toda esta operação é que o Governo, mesmo num contexto de crise, continue a colocar os buracos do Novo Banco e os interesses da banca à frente da melhoria das condições de vida dos cidadãos, setor este que continua passar impune pelos intervalos da chuva”, refere o porta-voz do PAN, na mesma nota.
No final da semana passada, o primeiro-ministro, António Costa explicou que não foi informado pelo Ministério das Finanças do pagamento de 850 milhões de euros, tendo pedido desculpa ao Bloco de Esquerda pela informação errada transmitida durante o debate quinzenal.
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