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PAN está “insatisfeito” com proposta de OE e diz-se “distante” da aprovação do documento

Apesar da satisfação pela inclusão de várias medidas que o partido vinha a defender há algum tempo, o PAN pede mais rasgo e ambição na visão para 2021, lembrando que os vários problemas do país e do clima continuam a necessitar de solução, mesmo em contexto de pandemia.
  • Inês Sousa Real no Infarmed
    FOTO: Presidência da República
12 Outubro 2020, 18h21

O PAN faz uma “leitura insatisfatória” do projeto de lei para o Orçamento do Estado de 2021, como manifestou a deputada do partido Inês de Sousa Real. O partido Pessoas-Animais-Natureza fala de “falta de visão e rasgo” na elaboração do documento.

“Temos sentido alguma dificuldade no acolhimento de várias preocupações do PAN, que são também as dos nossos eleitores e do país, relativamente ao combate a esta crise socioeconómica sem precedentes”, começou por dizer Inês de Sousa Real em declarações à RTP, garantindo que “está tudo em aberto”.

“A leitura que fazemos é insatisfatória face aquilo que é o acolhimento de medidas e à visão disruptiva deste orçamento, à falta de visão e de rasgo que se traduz num OE de continuidade face àqueles que foram o Orçamento Suplementar e o de 2020”, continuou.

A deputada do PAN mostrou, apesar disto, alguma satisfação em ver expressas medidas importantes para o partido, como os apoios sociais, a estratégia nacional de gestão de biorresíduos ou o aumento das verbas para os centros de recolha oficial de animais. Contudo, mesmo em áreas nas quais o PAN vinha pedindo maior intervenção há algum tempo, Inês de Sousa Real identifica falhas.

“O plano ferroviário, que nos congratulamos por, finalmente, ser uma preocupação expressa no OE (…), carece claramente de um maior reforço para garantirmos um combate às assimetrias regionais”, destacou.

Também a discussão em torno do salário mínimo nacional fica aquém das expetativas do partido, que defende que a questão do ordenado médio dos portugueses também deve ser abordada “para que não haja constantemente um achatamento do ordenado médio nacional em relação ao ordenado mínimo”.

O PAN não disse ainda se irá aprovar o documento, referindo que há um debate interno a realizar, mas não se mostrou inclinado a viabilizar esta versão. “A leitura que fazemos do documento é insatisfatória e, portanto, estamos distantes da possibilidade de viabilizar com um voto favorável o orçamento”, rematou.

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