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Pandemia melhorou comportamentos em prol do ambiente em Portugal, revela estudo

Reciclagem (54%), reutilização (52%) e redução do uso de plástico (51%) foram as principais alterações adotadas pelos portugueses durante a pandemia, de acordo com um estudo conduzido pela Ageas.
16 Novembro 2020, 18h18

A situação atual vivida no país e no mundo levou ao nascimento de um consumidor mais ponderado, com maior sentido de responsabilidade social e mais consciente.

Esta é uma das conclusões do Observatório de Tendências, um estudo conduzido pelo Grupo Ageas Portugal em colaboração com consultora a Eurogroup Consulting Portugal, e divulgado esta segunda-feira, e que teve como propósito identificar as tendências emergentes do contexto de pandemia da Covid-19.

São 65% dos inquiridos a considerar que a pandemia pode levar a transformações positivas em matéria ambiental. Quando questionados sobre os comportamentos concretos adotados, cerca de 50% dos inquiridos refere alterações estruturais no que diz respeito à reciclagem (54%), reutilização (52%) e redução do uso de plástico (51%).

Uma média de 13% dos participantes considera que os comportamentos que alterou, em todas as matérias, vai manter-se. As alterações mais temporárias referidas pelos inquiridos abrangem naturalmente o que foi diretamente afetado pela situação de distanciamento social e confinamento: relacionamentos interpessoais, equilíbrio da vida profissional e pessoal, compras.

Em relação aos comportamentos desencadeados pela pandemia, dois terços dos inquiridos considera que o período de confinamento gerou um movimento positivo de responsabilidade e ajuda mútua. Contudo, os jovens e aqueles que apresentam rendimentos mais baixos acreditam no oposto.

Para a maior parte dos inquiridos (58%), a evolução de justiça e igualdade social durante o confinamento foi negativa, ou neutra. Menos de 10% perceciona uma evolução positiva. Esta perceção parece ser transversal à sociedade, uma vez que não se registam diferenças de perceção entre idades ou níveis de rendimento. O mesmo estudo realizado em países da América do Sul revela dados ainda mais pessimistas, com 75% dos participantes a responder que a evolução de justiça e igualdade social piorou durante o confinamento. No entanto, inquiridos da Europa do Norte percecionaram a evolução de justiça e igualdade social de forma diferente e mais otimista, com apenas 33% dos participantes a considerar que piorou.

De modo geral, os inquiridos encontram-se otimistas em relação às transformações que possam ocorrer no futuro. A preocupação com a saúde e proteção, uma alimentação mais saudável e local e o apoio da tecnologia são as principais melhorias esperadas. No entanto, é de notar que para 20-25% dos inquiridos, temas como tempo pessoal e com a família, ações de solidariedade, e eficácia e velocidade das decisões vão sofrer uma evolução negativa no futuro.

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