O Parlamento turco estendeu por 18 meses o mandato para o envio de tropas do país para a Líbia. O mandato, assinado pelo presidente Recep Tayyip Erdoğan, destaca que a Turquia continua a prestar o seu apoio total a um cessar-fogo permanente no país, ao mesmo tempo em que observa que as eleições (inicialmente programadas para 24 de dezembro), ameaçam a estabilidade.
Ora, a ONU, que tenta mediar um entendimento entre todas as partes, aconselhou precisamente a que todas as tropas estrangeiras deixassem o país, e tem batalhado para que as eleições sejam marcadas o mais brevemente possível.
Mas a Turquia diz que continuará a contribuir para a segurança da Líbia através do fornecendo de treino e aconselhamento aos militares líbios no âmbito de um acordo de cooperação militar conjunto assinado por ambos os países.
Em 2019, o Parlamento da Turquia aprovou um acordo militar e de segurança com o governo reconhecido internacionalmente na Líbia. O acordo permite que a Turquia forneça treino e equipamento militar a pedido do governo líbio, que controla a capital, e parte do oeste do país.
A ONU também reconhece o governo de Tripoli, mas o certo é que o leste do país tem o seu próprio parlamento que se diz autónomo e o seu próprio primeiro-ministro, e as Nações Unidas não conseguiram ainda encontrar uma base de entendimento aceitável para as duas partes.
O memorando do parlamento turco também afirma os direitos da Turquia no Mediterrâneo Oriental em face das tentativas unilaterais de perfuração da administração cipriota grega, esclarecendo que a República Turca do Chipre do Norte (RTNC), genericamente não reconhecida por nenhum país nem pela OONU, também tem direitos sobre recursos na área.
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