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Paulo Macedo diz que subida dos juros no cenário base é acomodável mas acima disso pode ser incomportável

Resumindo, “a subida dos juros sim, se ficar nos 200 pontos base é acomodável, mas se a subida for para 400 pontos ou mais, vamos ter problemas”, disse Paulo Macedo referindo-se a um risco sério de subida do crédito malparado.
  • Paulo Macedo
26 Julho 2022, 15h33

O presidente da CGD, Paulo Macedo, falava nos “Encontros Fora da Caixa”, em Oeiras, quando disse que a subida de juros dentro do cenário base, de 200 pontos base, é “acomodável pelas empresas e pelos particulares e pelas famílias”, desde que o nível de desemprego se mantenha baixo.

O CEO da Caixa falava para uma plateia de empresários, quando defendeu a subida das taxas de juro pelo BCE porque, diz, o ambiente de taxas de juro negativas não é normal.

O presidente da CGD explicou que um aumento de 200 pontos base das taxas de juro têm um impacto total de 1% a 2% nos custos totais das empresas, o que é baixo quando se olha por exemplo “para os aumentos do gás que são de 300 pontos”.

“As taxas de juro sobem muito depressa, mas no médio e longo prazo as taxas ficarão no mesmo nível”, acredita Paulo Macedo que lembrou que os juros, ainda que subam, ficam muito abaixo da inflação.

No entanto, alerta que uma subida muito elevada do indexante das taxas de juro pode vir a ser um problema para as empresas e para as famílias e logo para a banca.

O presidente da Caixa lembra que as taxas fixas são uma forma de as famílias e empresas se protegerem do risco da subida dos juros.

Resumindo, “a subida dos juros sim, se ficar nos 200 pontos base é acomodável, mas se a subida dos juros for para 400 pontos ou mais, vamos ter problemas”, disse Paulo Macedo referindo-se a um risco sério de subida do crédito malparado.

Paulo Macedo e Luís Montegro em consonância nas politicas de imigração e fiscais 

Paulo Macedo falou da fiscalidade como um ponto fraco do país que afecta a competitividade.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, também presente no mesmo evento defendeu a redução da carga fiscal para empresas e famílias, e a simplificação fiscal.

O presidente da CGD, por sua vez, destacou que “nunca tivemos uma empregabilidade da população ativa tão elevada”, mas está no limite, e dado o problema da demografia, “é preciso fomentar políticas de imigração”, defendeu. “A imigração nem sequer devia ser uma questão de debate é sim ou sim, não há outra via”, referiu Paulo Macedo.

Também Luís Montenegro alertou para a necessidade de políticas públicas de imigração, mas de forma inteligente, seguindo os exemplos doutros países. Teria de ser uma política que definisse as especializações que o país precisa e as geografias. “Tudo tem de ser acompanhado com políticas de acolhimento e integração”, frisou.

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