O PCP pronunciou-se oficialmente contra a resolução do Parlamento Europeu que condena a agressão russa à Ucrânia, que foi votada esta terça-feira em Bruxelas, mantendo-se fiel à posição dada a conhecer nos últimos dias sobre o conflito e que muito contrasta com a dos outros partidos.
Numa nota emitida pelo gabinete de imprensa dos deputados do PCP no PE, o partido justifica a sua posição indicando que a resolução em questão dá “força à escalada, ao incremento da guerra, e dificultar o cessar-fogo e a solução negociada que se impõe no interesse dos povos e da paz mundial”.
O partido considera que a resolução apresentada hoje aos eurodeputados é “profundamente negativa”, que tenta “impor uma visão unilateral e instiga à confrontação, à guerra” e que “ignora os atropelos aos princípios do direito internacional – dos quais tem uma visão selectiva, restritiva e instrumental – e as sucessivas decisões e provocações dos EUA, NATO e UE que levaram ao conflito na Ucrânia e precederam a intervenção militar da Rússia neste país”.
A resolução do Parlamento Europeu, que “condena com a maior veemência a agressão militar não provocada e injustificada da Federação da Rússia contra a Ucrânia, bem como o envolvimento da Bielorrússia nesta agressão”, teve um total de 637 votos a favor, 26 abstenções e 13 votos contra, dois deles de parlamentares do PCP.
O documento aprovado pelos eurodeputados exige ainda que a “Federação Russa ponha imediatamente termo a todas as ações militares na Ucrânia, retire incondicionalmente todas as forças militares e paramilitares, assim como o equipamento militar, de todo o território internacionalmente reconhecido da Ucrânia, e respeite plenamente a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”.
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