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Petrolífera ExxonMobil vai despedir 1.600 trabalhadores na Europa

No passado mês de agosto, a petrolífera sofreu um duro choque ao abandonar o índice bolsista Dow Jones, onde se encontrava desde 1928, devido à rápida desvalorização do setor petrolífero.
  • Zbynek Burival on Unsplash
6 Outubro 2020, 13h07

A petrolífera ExxonMobil vai despedir 1.600 trabalhadores na Europa, esforçando-se para poupar e cortar custos após ser afetada pela pandemia de Covid-19, com a redução da procura, avança o “Financial Times”.

A maior empresa petrolífera dos Estados Unidos, que é capitalizada no mercado, apontou que o vírus “aumentou a urgência” da redução de custos, sendo que os despedimentos são provenientes dessa redução, sendo que os despedimentos vão acontecer até ao fim do presente ano. No fim do ano passado, a Exxon empregava mais de 75 mil pessoas em todo o mundo.

Desde o início da pandemia que a ExxonMobil tem sido severamente afetada, tendo sido ultrapassada pela NextEra Energy, empresa de energia limpa, no seu valor de mercado. No passado mês de agosto, a petrolífera também sofreu um duro choque ao abandonar o índice bolsista Dow Jones, onde se encontrava desde 1928, devido à rápida desvalorização do setor petrolífero.

Apesar de ao dia de ontem ter encerrado a sessão no ‘verde’, subindo 2,30% para 33,74 dólares (28,60 euros), o preço das ações da empresa já caíram mais de metade.

“São necessárias ações significativas para melhorar a competitividade dos custos e garantir que a empresa administra as condições de mercado sem precedentes”, apontou a Exxon citada pelo “Financial Times” esta terça-feira.

No mês de julho, a Exxon já tinha admitido reduzir os gastos em capital e exploração, em cerca de dois mil milhões de dólares (1,70 mil milhões de euros) comparativamente com o primeiro trimestre, onde as perdas foram suavizadas devido a dois meses de produção. Na semana passada, a Exxon já tinha revelado perdas que ascendiam a 1,1 mil milhões de dólares (932 milhões de euros) no segundo trimestre.

No entanto, a ExxonMobil não é a única empresa petrolífera a admitir despedimentos. A BP admitiu em junho despedir 10 mil trabalhadores para suavizar as perdas relacionadas com a pandemia, enquanto a Royal Dutch Shell disse que ia despedir nove mil trabalhadores até 2022.

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