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Plano de vacinação contra Covid-19 que está na DGS ainda não foi discutido com o Ministério da Saúde

As notícias divulgadas esta quinta-feira davam conta de que o primeiro grupo a usufruir da vacina seriam as pessoas entre os 50 e os 75 anos, que apresentem patologias prévias muito graves, bem como os funcionários e utentes em lares de idosos e os profissionais de saúde envolvidos na prestação direta de cuidados, da chamada primeira linha de cuidados.
27 Novembro 2020, 11h12

O plano estratégico de vacinação contra a Covid-19 ainda não deve avançar para já, uma vez que o mesmo, que se encontra a ser desenvolvido pelos técnicos da Direção-Geral da Saúde (DGS) não foi discutido com o Ministério da Saúde até ao momento, revela esta sexta-feira o gabinete de Marta Temido, em comunicado.

Ontem ao final da tarde, a SIC Notícias dava conta que a comissão técnica da vacinação já tinha definido os critérios de vacinação e que o documento já tinha sido entregue ao Ministério da Saúde.

Numa nota enviada às redações esta manhã, o Ministério da Saúde esclarece que “a estratégia de vacinação contra a Covid-19, em preparação pela DGS ainda não foi discutida com o Ministério da Saúde nem validada politicamente”. “As informações vindas a público estão incluídas num documento meramente técnico e são parcelares e desatualizadas”, lê-se ainda.

As notícias divulgadas davam conta de que o primeiro grupo a usufruir da vacina seriam as pessoas entre os 50 e os 75 anos, que apresentem patologias prévias muito graves, como insuficiência cardíaca, respiratória e renal, bem como os funcionários e utentes em lares de idosos e os profissionais de saúde envolvidos na prestação direta de cuidados, da chamada primeira linha de cuidados.

De acordo com os dados avançados pelo canal noticioso, o segundo grupo na linha para a vacinação são pessoas da mesma faixa etária, entre os 50 e os 75 anos de idade, mas que apresentam doenças crónicas, como cancro, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crónica.

Por enquanto, os idosos acima dos 75 anos não constam na lista divulgada porque as farmacêuticas e a Agência Europeia do Medicamento não apresentaram evidências sobre a eficácia da vacina neste grupo etário, que é o mais afetado pelos óbitos em Portugal.

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