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Plataforma portuária do Barreiro pode gerar entre sete e 12 mil milhões de euros para região de Lisboa

Lídia Sequeira, presidente do porto de Lisboa revelou ontem que o projeto, que inclui um novo terminal de contentores no Barreiro, pode criar entre 300 e 500 empregos na fase de construção e cerca de 1.150 postos de trabalho na fase de exploração.
31 Janeiro 2017, 07h05

A Plataforma Multimodal do Barreiro (PMB), que inclui o novo terminal de contentores, prevê a criação de 300 a 500 postos de trabalho diretos na fase de construção e de 1.150 postos diretos na fase de exploração da infraestrutura, revelou ontem Lídia Sequeira, presidente da APL – Administração do Porto de Lisboa, num debate que decorreu no auditório da Biblioteca Municipal do Barreiro.

De acordo com esta responsável, estima-se um impacto no PIB – Produto Interno Bruto na Grande Região de Lisboa entre sete e 12 mil milhões de euros.

“O projecto do Terminal de Contentores do Barreiro é viável do ponto de vista técnico, de intermodalidade e económico-financeiro”, assegurou Lídia Sequeira.

Numa fase pós submissão do projeto de Estudo de Impacte Ambiental (EIA) – entregue a 13 janeiro último –, estima-se para junho a conclusão dos estudos e consequente emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA).

Socorrendo-se de uma apresentação, Lídia Sequeira considerou que o projeto da Plataforma Multimodal do Barreiro (PMB), “permite a implantação de um terminal com caraterísticas técnicas adequadas para responder de forma faseada à evolução da procura prevista”, e “beneficia da proximidade da rede ferroviária nacional e da rede rodoviária nacional”

“É uma zona, do ponto de vista da intermodalidade, extremamente bem servida”, disse Lídia Sequeira, acrescentando que esta future infraestrutura “reúne as condições para se criar uma plataforma logístico-industrial competitiva”,  associada aos cerca de 400 hectares do território da Baía do Tejo, o que “permitirá dinamizar a economia da Península de Setúbal, em particular desta região do Barreiro, potenciando as indústrias exportadoras e captando novos investimentos, com a consequente criação de emprego”.

De acordo com a apresentação de Lídia Sequeira, “os estudos realizados apontam para a viabilidade de um modelo de concessão do tipo Build-Operate-Transfer (BOT)”.

Já segundo o administrador da APL, Carlos Correia, “as conclusões do Estudo de Impacte Ambiental são muito favoráveis à prossecução deste projeto”.

Este responsável sublinhou que, na componente mais técnica do estudo prévio, foi definido como navio-tipo, um porta-contentores com capacidade para  oito mil TEU (medida-padrão equivalente a contentores com 20 pés de comprimento), com um comprimento de 352 metros.

Carlos Humberto de Carvalho, falou na “visão” de uma “região portuária metropolitana“, sublinhando que o terminal, que considerou uma “importante alavanca para a produção nacional e desenvolvimento da economia”, está projetado para ficar situado num território – Parque Empresarial da Baía do Tejo – “importantíssimo para o desenvolvimento da região”.

 

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