As autoridades alemãs confirmam de que houve “motivações terroristas” no ataque desta terça-feira ao autocarro do Borussia Dortmund, que terá causado ferimentos a um jogador, momentos antes do encontro com o Mónaco, para disputarem os quartos-de-final da Liga dos Campeões. Há já dois suspeitos referenciados, um deles foi detido pelas autoridades alemãs.
A polícia de Dortmund avança que foram pelo menos três os engenhos explosivos terão sido detonados junto do autocarro do Borussia Dortmund a cerca de dez quilómetros do estádio Signal Iduna Park, onde o clube ia defrontar o Mónaco, pelas 19h45 locais (18h45 em Lisboa). No local foi encontrado um quarto objeto “semelhante a um explosivo”, embora ainda não se saiba ao certo se estará ao não relacionado com as três explosões anteriores.
As explosões terão provocado estragos em várias janelas do veículo e o defesa central espanhol, Marc Bartra, que viajava no último banco do autocarro, foi atingido pelos estilhaços do vidro traseiro e teve de ser operado ao pulso direito.
Em conferência de imprensa, as autoridades dizem ter encontrado uma carta junto ao local do incidente, onde a autoria das explosões é reivindicada por radicais islâmicos, que justificam o alegado atentado como sendo uma retaliação pelas missões de reconhecimento contra o autoproclamado Estado Islâmico na Síria.
Segundo adianta a imprensa alemã, a carta encontrada começa com referência a “Alá, o clemente, o misericordioso”, e refere o atentado de dezembro num mercado de natal em Berlim. É ainda denunciado que os aviões caça Tornado alemães participam no homicídio de muçulmanos no autoproclamado Estado Islâmico e que, por isso, “desportistas e personalidades da Alemanha e de outros países da cruzada” são o alvo.
O encontro entre o Borussia Dortmund e o Mónaco para a Liga dos Campeões foi entretanto adiado para esta quarta-feira às 17h45 (16h45 em Lisboa) com segurança reforçada.