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Polícia Judiciária detém 10 seguranças

Em causa estão suspeitas de ameaça, coação, ofensa à integridade física, sequestro, exercício ilegal de segurança privada, tráfico e detenção de armas proibidas e corrupção.
  • Cristina Bernardo
22 Novembro 2017, 12h42

A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT), em inquérito titulado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), deteve 10 seguranças (nove homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 31 e os 49 anos).

A PJ suspeita de que os 10 indivíduos tenham praticado crimes de ameaça, coação, ofensa à integridade física, sequestro, exercício ilegal de segurança privada, tráfico, mediação e detenção de armas proibidas e corrupção.

As detenções advieram da “operação policial foram cumpridas dezasseis buscas domiciliárias e não domiciliárias, tendo sido apreendidos relevantes elementos de prova”, de acordo com o comunicado enviado às redações esta quarta-feira.

A investigação da PJ, que contou com a colaboração a Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR), arrancou depois da denúncia do exercício de segurança privada ilegal em bares e discotecas, com ofensas à integridade dos clientes que frequentavam os espaços de diversão noturna.

Da dezena de detidos, três fazem parte de forças de segurança nacionais. Segundo a nota da mesma autoridade, os seguranças vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Na semana passada, dois seguranças da discoteca Urban Beach, em Lisboa, que estavam em prisão preventiva passaram para prisão domiciliária, consoante o que disse à agência Lusa o advogado de um dos arguidos Joaquim Oliveira.

O caso tornou-se público depois de ter começado a circular nas redes sociais um vídeo em que se vêem as agressões, com as vítimas aparentemente indefesas e sem demonstrar resistência.

O grupo K, proprietário do estabelecimento, interpôs entretanto um processo cautelar de suspensão de eficácia do ato administrativo do Ministério da Administração Interna, que ordenou o seu encerramento do espaço a 3 de novembro.

O Governo tomou a medida alegando não só este episódio de violência, mas também as 38 queixas sobre a Urban Beach apresentadas à PSP desde o início do ano, por supostas “práticas violentas ou atos de natureza discriminatória ou racista”.

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