Porto de Leixões reforça ligações a Inglaterra e à Irlanda

Para apoiar as empresas na simplificação burocrática pós-Brexit o porto de Leixões reforçou a ligação a Inglaterra e à Irlanda e está a estreitar as ligações com o armador CLdN, responsável pelas novas ligações diretas a Dublin e Liverpool.

“A Administração dos portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) acaba de anunciar a estreia de duas novas ligações ‘roll-on/roll-off’ [‘ro-ro’, embarque e desembarque de automóveis]  diretas a Dublin (Irlanda) e a Liverpool (Inglaterra), a partir do Porto de Leixões”, destaca um comunicado da administração do porto de Leixões.

Segundo esse documento, “as novas rotas pretendem dar resposta à efetivação da saída do Reino Unido da União Europeia, permitindo diminuir o tempo de trânsito e simplificar a burocracia envolvida no transporte de mercadorias”.

“A anterior rota que cobria o Reino Unido, a partir do porto de Leixões, permitia que o mesmo navio descarregasse em Dublin e, seguidamente, em Liverpool, numa só viagem. Com o Brexit, esta rota apresentava maiores desafios ao nível burocrático, que agora estão simplificados. Com estas novas ligações, Leixões passa a contar com um total de cinco serviços semanais de carga ‘roll-on/roll-off (carga que embarca e desembarca sobre rodas), da responsabilidade do armador CLdN”, avança o mesmo comunicado.

De acordo com Nuno Araújo, presidente da APDL, “mais uma vez, o porto de Leixões está na vanguarda do setor portuário português, procurando dar uma resposta célere, eficiente e duradoura aos desafios desencadeados pela efetiva saída do Reino Unido da União Europeia”.

“Este é um passo da maior importância para as empresas portuguesas que utilizam o porto, que possibilita que estas se mantenham competitivas e que não haja uma travagem abrupta do movimento de importação e exportação por via marítima”, esclarece o líder do porto de Leixões.

Recorde-se que no segmento de carga ‘roll-on/roll-off’, o porto de Leixões fechou o mês de novembro do ano passado a registar uma subida de 5% no número de unidades movimentadas, que correspondem a mais de 1,2 milhões de toneladas de mercadorias.