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Porto de Leixões vai receber a Spartacus, a maior draga do mundo

Esta draga CSD de corte e sucção vai efetuar trabalhos no âmbito da obra de prolongamento do quebra-mar exterior e das acessibilidades marítimas, que está a decorrer no porto de Leixões e que prevê a criação de condições de melhoria da segurança e preparação do porto para a receção de embarcações de maior dimensão”.
  • Spartacus
25 Fevereiro 2022, 19h19

A APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo anuncia a chegada para os próximos dias da Spartacus, a maior draga do mundo, que vai ser uma peça fundamental na empreitada do prolongamento do quebra-mar exterior e das acessibilidades marítimas do porto de Leixões.

“O porto de Leixões vai receber, nos próximos dias, a maior draga do mundo, a Spartacus. Trata-se de uma draga CSD (‘cutter suction dredger’ – draga de corte e sucção) que vai efetuar trabalhos no âmbito da obra de prolongamento do quebra-mar exterior e das acessibilidades marítimas, que está a decorrer e que prevê a criação de condições de melhoria da segurança e preparação do porto para a receção de embarcações de maior dimensão”, explica um comunicado da APDL.

De acordo com esse documento, “a Spartacus vai substituir a Meuse River TSHD, draga autotransportadora de arrasto e sucção, que fez a dragagem do material incoerente (areia, siltes e lodo)”.

“A CSD fará a dragagem do material rochoso. A empreitada prevê a extensão do quebra-mar existente em 300 metros de comprimento. Para o efeito, vão ser realizadas dragagens, na bacia de manobra e canal de acesso ao porto. Dois afloramentos rochosos adicionais, que estão localizados a Este do canal de acesso, serão também objeto de intervenção.
A CSD, draga de corte e sucção tem a capacidade de dragar em contínuo materiais com diferentes matrizes geológico-geotécnicas, desde argila, lodos, areia e rochas. A Spartacus tem uma potência total instalada de 44.180 kW, sendo incomparável em termos de taxas de produção, potência de bombeamento, capacidade de corte”, assegura a APDL, acrescentando que se trata de “uma draga de alimentação sustentável, utilizando gás natural liquefeito (GNL), cumprindo os desígnios da APDL no que diz respeito à descarbonização e transição energética”.

A APDL explica ainda que, “durante os trabalhos de dragagem, serão efetuados levantamentos batimétricos de progresso, de forma a monitorar os trabalhos” e garante que “todos os materiais vão ser motivo de análise prévia e conduzidos de acordo com as normativas legais”.

“A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A., assegura a existência de planos de segurança, saúde e ambiente, e garante a mitigação de qualquer impacto negativo. A APDL, reforça que esta obra é de extrema importância para a segurança e aumento da competitividade do porto. Vai permitir o acesso e operação de navios de carga de maior dimensão, tendo sido utilizado um navio de projeto de 300 metros de comprimento, 40,2 metros de boca e 13,7 metros de calado”, assinala o comunicado em questão.

A administração do porto de Leixões destaca também que “a obra apresenta um investimento de 147 milhões de euros, e dotará Leixões da possibilidade de receber mais de 70% da frota de navios mundial e continuar a servir a sua área de influência, que abrange cerca de 14 milhões de habitantes”.

“Recorde-se que a APDL adjudicou a empreitada ao consórcio TDRETEC, composto pelas empresas Teixeira Duarte Engenharia e Construções, S. A., Tecnovia sociedade de empreitadas, S.A. e Dredging International N. V. (DI)”, relembra a administração do porto de Leixões.

A obra, iniciada em maio de 2021, decorrerá até meados/finais de 2023.

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