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Portugal é o país que mais cresce nas perspectivas de contratação da região EMEA. TI é o sector mais otimista

O sector das Tecnologias da Informação está em destaque quanto às perspetivas de contratação, com uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de +44%, (mais 12 pontos percentuais face ao segundo trimestre) e, também, uma descida moderada de 7 pontos percentuais face ao mesmo período de 2022.
14 Junho 2023, 11h50

Portugal é o país da Região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) que mais sobe nas perspetivas de contratação comparando com o último trimestre, dada a redução na taxa de inflação e a subida nas projeções de crescimento do produto interno bruto (PIB), com os sectores das Tecnologias da Informação, Energia e Utilities, Serviços de Comunicação e Bens e Serviços de Consumo a representarem as previsões mais otimistas.

Segundo o relatório ManpowerGroup Employment Outlook Survey, cuja análise abrange nove sectores, 41% dos empregadores estimam aumentar o número de contratações no próximo trimestre, com apenas 14% a apontarem para uma diminuição; por outro lado, 43% das empresas esperam manter o seu atual número de trabalhadores.

Por sector, os nove analisados em Portugal admitem aumentar as suas equipas no terceiro trimestre do ano, oito destes setores têm intenções de contratação mais otimistas e sete reduzem as suas projeções face ao período homólogo do ano passado.

O sector das Tecnologias da Informação está em destaque quanto às perspetivas de contratação, com uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de +44%, (mais 12 pontos percentuais face ao segundo trimestre) e, também, uma descida moderada de 7 pontos percentuais face ao mesmo período de 2022.

Segue-se o sector das Energia e Utilities, com uma projeção de +37%, mais 8 pontos percentuais relativamente ao trimestre anterior, e o sector dos Serviços de Comunicação (telecomunicações e media), com uma projeção +32%.

O mesmo documento aponta para uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de 27% para o terceiro trimestre deste ano, “um valor ajustado sazonalmente e que reflete uma subida de 11 pontos percentuais face ao segundo trimestre deste ano”, é sublinhado numa nota enviada à imprensa a propósito da publicação do relatório; contudo, os números representam uma descida ligeira de 4 pontos percentuais, face aos registados nos mesmos meses do ano passado, numa altura em que a maior parte dos “sectores registava uma forte recuperação pós-pandémica e ainda não eram notados efeitos decorrentes do conflito entre a Rússia e a Ucrânia”.

Apesar de se encontrar abaixo da média global, Portugal mantém-se acima da região da EMEA, com mais 7 pontos percentuais.

O relatório acrescenta que apenas Países Baixos, África do Sul, Reino Unido e Alemanha têm perspetivas de contratação mais otimistas, sendo Portugal o país desta região que mais cresce nas intenções de contratação.

Rui Teixeira, Country Manager do ManpowerGroup Portugal, explica que, “apesar de 2023 ter começado com sinais de estagnação ou mesmo de desaceleração económica, fomentada pelos desequilíbrios nas cadeias de abastecimento, pela inflação e o aumento das taxas de juro, a evolução da economia portuguesa, nos últimos meses, contrariou esse pessimismo e as previsões atuais de crescimento do PIB e de abrandamento da inflação refletem-se num maior otimismo dos empregadores relativamente às suas previsões de contratação no próximo trimestre”.

“Apesar de positivas, estas ambições de contratação traduzem, no entanto, um desafio importante para as empresas, no que respeita à atração de profissionais, uma vez que a escassez de talento permanece em níveis historicamente altos, em 84%, fazendo de Portugal o 4.º país do mundo onde este valor é mais elevado”, continua o mesmo responsável, citado no documento.

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