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Portugal é o primeiro país a sequenciar genoma do vírus Monkeypox

“A comparação das sequências genéticas do vírus Monkeypox obtidas nos vários países poderá ser fundamental para a compreensão da origem do surto”, garantiu o responsável do Núcleo de Genómica e Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA, João Paulo Gomes.
23 Maio 2022, 15h47

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) informou, esta segunda-feira, que Portugal foi o primeiro país a conseguir sequenciar o genoma do Monkeypox.

Em comunicado o INSA explica que “alguns dias após a confirmação dos primeiros casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, especialistas do Núcleo de Genómica e Bioinformática do INSA identificaram a sequência genética deste vírus e partilharam-na com a comunidade científica internacional,

Para o INSA a partilha da informação “poderá contribuir para uma mais rápida e efetiva compreensão deste fenómeno”.

De acordo com o responsável do Núcleo de Genómica e Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA, João Paulo Gomes, “a rápida identificação da sequência genética do vírus em circulação, e a sua imediata divulgação à comunidade científica, constitui um primeiro passo de colaboração internacional para a caracterização deste surto”.

“A comparação das sequências genéticas do vírus Monkeypox obtidas nos vários países poderá ser fundamental para a compreensão da origem do surto, bem como da forma como se deu rapidamente a disseminação da doença”, destacou o investigador do INSA.

O INSA aponta ainda que graças aos esforços do instituto “tinham já permitido a Portugal ser dos primeiros
países a confirmar laboratorialmente casos suspeitos desta doença”.

A Direção Geral de Saúde (DGS) divulgou esta segunda-feira que o número de casos de Monkeypox em Portugal subiu para 37.

Segundo a DGS “entre as amostras disponíveis, foi identificada, através de sequenciação, a clade (subgrupo do vírus) da África Ocidental, que é a menos agressiva”.

O Monkeypox foi pela primeira vez identificado em Portugal a 18 de maio, numa altura em que a DGS apontava para 20 casos suspeitos da varíola dos macacos.

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