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Portugal entre os países europeus com menos crescimento nos novos contratos de crédito ao consumo

Portugal, Alemanha, Dinamarca e Holanda foram os países onde, em termos globais, se registaram quebras moderadas na concessão de novos créditos ao consumo em 2021, mostram dados da Eurofinas, a federação europeia representativa das instituições financeiras especializadas no crédito ao consumo, da qual a ASFAC faz parte.
22 Junho 2022, 10h46

Portugal está entre os países da Europa com menos crescimento nos novos contratos de crédito ao consumo. Em termos globais, o total do crédito utilizado pelos associados da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC) no ano passado foi de 12,5 mil milhões de euros, dos quais 5,4 mil milhões foram novos contratos, o que representa uma quebra de 3,87%.

Os dados são da Eurofinas, a federação europeia representativa das instituições financeiras especializadas no crédito ao consumo, da qual a ASFAC faz parte, e foram divulgados esta quarta-feira.

“Os novos contratos para a concessão de crédito ao consumo em Portugal concedidos pelos associados da ASFAC abrandaram em 2021 e em algumas rubricas registou-se mesmo um resultado negativo”, refere o comunicado.

A redução em Portugal, diz a associação, “é explicada principalmente pela concessão de novos créditos pessoais, que registou uma redução de 7,41%”.

Já no “crédito para a aquisição de veículos novos e usados a performance de Portugal foi positiva, com um total de dois mil milhões de euros concedidos, representado um crescimento de 2,8%. No aglomerado, verificou-se um total de crédito utilizado (novos e existentes) de 12,5 mil milhões de euros (5,2 milhões de crédito pessoal e revolving e 7,3 de crédito automóvel)”, indica.

Estes números colocam Portugal entre um dos países com menos crescimento nos novos contratos de crédito ao consumo. “De acordo com a Eurofinas, Portugal, Alemanha, Dinamarca e Holanda foram os países onde, em termos globais, se registaram quebras moderadas na concessão de novos créditos ao consumo”, indica. Isto enquanto a nível europeu registou-se, em 2021, uma subida de 12,8% nestes novos créditos, que totalizaram 449 mil milhões de euros.

“São necessárias medidas de incentivo e não de estagnação do crédito, sob pena de criar impactos muito negativos e mesmo catastróficos no crédito e consequentemente na economia, no desenvolvimento e no emprego, tendência que já se verifica em resultado dos diversos impactos de saúde pública, bélicos e de inflação”, afirma Duarte Gomes Pereira, secretário-geral da ASFAC, citado no comunicado.

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