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Portugal FinLab: candidaturas superaram as previsões mas só dez FinTech foram escolhidas

Processos de candidatura ao Portugal FinLab superaram as previsões desta plataforma de comunicação que junta os principais reguladores do mercado e as FinTech a operar em Portugal. Cerca de 30% dos projetos foram apresentados por empresas estrangeiras.
9 Julho 2019, 16h34

Os projectos de candidaturas ao Portugal FinLab superaram em cinco vezes as previsões desta plataforma de comunicação entre os reguladores nacionais e as FinTech.

Segundo os dados da primeira edição do Portugal FinLab, apresentados esta terça-feira, na sede da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM), foram 40 as empresas que se candidataram a esta plataforma que junta reguladores e inovadores na área financeira, mas apenas 10 foram selecionadas, em linha com os objetivos traçados.

Entre as candidatas encontram-se FinTechs que atuam em diversas áreas como as FinTech, que atuam no setor financeiro, as InsurTech, que inovam no setor dos seguros, e as RegTech, que se focam em otimizar processos de compliance com a regulação. Ainda assim, a maioria dos projetos candidatos foram apresentados por FinTech, que apresentaram soluções de financiamento e crédito (22,5%) e financiamento alternativo (20%), surgindo logo depois as soluções com transferências e serviços de pagamento.

Destaque para o número de empresas estrangeiras que se candidataram, que representaram 27,5% dos processos de candidatura ao Portugal Finlab, e que vieram de diversos países, como o Reino Unido, os Estados Unidos ou a Alemanha, entre outros. A esmagadora maioria dos projetos de candidatura, contudo, foram de empresas nacionais (72,5% dos processos de candidatura).

Criado e lançado em 2018, o Portugal Finlab é um canal de comunicação entre empresas de um lado, startups inovadoras do setor financeiro e dos seguros, assim como empresas incumbentes, e os reguladores nacionais, do outro.

Composto pelo Banco de Portugal, a CMVM, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e a Portugal FinTech, uma associação sem fins lucrativos dedicada a impulsionar o ecossistema das FinTech, no país, o Portugal FinLab tem por objetivo dissipar as dúvidas regulatórias das empresas que procuram lançar serviços inovadores.

O fator distintivo do Portugal FinLab consiste na união de todos os reguladores financeiros nacionais num innovation hub (um centro de inovação), permitindo aos participantes obter toda a informação necessária juntos dos reguladores.

A primeira edição do Portugal FinLab teve dois processos de candidatura distintos. O primeiro ocorreu entre setembro e outubro de 2018, e o segundo decorreu entre novembro e dezembro do ano passado. Cada processo seguiu depois para a fase de seleção, tendo sido selecionados cinco projetos em cada, para um total de 10, tal como sido previsto (aprovação de cinco projetos por candidatura).

Para a presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, “o balanço da primeiro de um projeto de que nos orgulhamos foi positivo” e salientou que a criação do Portugal FinLab – um desafio colocado aos três reguladores pelo fundador do Portugal FintTech, João Freire de Andrade –, consistiu “na primeira vez que os reguladores se juntam num projeto desta natureza” inovatória.

Com o Portugal FinLab, não são apenas as startups que adquirem conhecimento sobre o quadro regulatório em que operam, mas também os reguladores, que “aprofundam conhecimento dos reguladores a uma nova realidade”. “Esta aproximação dos três reguladores é um ativo muito especial para enverada para novas formas de estar”, salientou a presidente da CMVM.

Sobre o futuro do Portugal FinLab, Gabriela Figueiredo Dias revelou que será “uma fase em que se construirá aquilo que já foi construído”. “Esta primeira fase do projeto foi uma fase experimental”, frisou

Muitas das empresas selecionadas pelo Portugal FinLab já se internacionalizaram e têm sedes em várias cidades do mundo, desde Braga a Boston, nos EUA. As FinTech selecionadas foram a Infosistema (Lisboa, Boston, nos EUA, e Londres, no Reino Unido), Utrust (Braga), Student Finance (Lisboa e Madrid), Aplazame (Madrid, Espanha), e Ecospend (Londres, Reino Unido, e Izmir, Turquia), Hapi (Lisboa), Matchplace (Lisboa), Alliance Block (Lisboa e Canada Square), Quantum Leap (Lisboa), Quidgest (Lisboa).

https://jornaleconomico.pt/noticias/reguladores-financeiros-e-associacao-de-fintech-lancam-plataforma-de-inovacao-339562

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