Na sequência das sanções aplicadas pelo Ocidente como resposta à ofensiva militar russa na Ucrânia, o Kremlin elaborou uma lista de países — incluindo os 27 Estados-membros da União Europeia, Estados Unidos e até o Reino Unido — aos quais as empresas russas poderão pagar dívidas em rublos, moeda que desvalorizou 45% desde janeiro.
A lista de países foi preparada na sequência de um decreto presidencial de sexta-feira, revelou esta segunda-feira a agência noticiosa russa “Interfax”, e inclui os territórios estrangeiros que, segundo Moscovo, “cometem ações hostis contra a Federação Russa, empresas e cidadãos russos”.
Além dos referidos, a lista inclui também países como a Austrália, Albânia, Andorra, Islândia, Liechtenstein, o Mónaco, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, São Marino, Macedónia do Norte, Singapura, Taiwan, Montenegro, Suíça e Japão, sem se esquecer da Ucrânia.
A resolução foi preparada sob o decreto presidencial russo de 5 de março de 2022, na passada sexta-feira, sobre procedimentos temporários para cumprimento de obrigações para alguns credores estrangeiros.
Sob esta resolução, cidadãos russos, empresas, o próprio Estado, as regiões e municípios que têm obrigações cambiais com credores estrangeiros da lista de países hostis podem pagá-los em rublos, disse o governo. Para fazer isso, um devedor pode solicitar a um banco russo que crie uma conta especial em rublos em nome do credor estrangeiro e deposite nela pagamentos na moeda russa equivalente à taxa do Banco Central no dia do pagamento.
Os novos procedimentos temporários se aplicam a pagamentos superiores a 10 milhões de rublos por mês (ou valor similar em moeda estrangeira equivalente).
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